AUTOPOIESE E NARRATIVAS – A personagem – Mulher-Maravilha

AUTOPOIESE E NARRATIVAS – A personagem – Mulher-Maravilha

 AGRADECIMENTOS
 Agradeço as pessoas maravilhosas que fazem a leitura da coluna “Autopoiese & Narrativas”. Em especial, agradeço ao Diretor chefe da Revista Internacional The Bard e a Diretora de Operações, pelo apoio e oportunidade. Agradeço a todos que contribuíram direta e indiretamente com este trabalho aqui narrado em escritas autopoietéicas. Esperando que se encantem e que continuem a cada leitura, ampliando a temática apresentada, com seus achados literários.

 Atenciosamente, com carinho.

 Boa leitura!

 Stella Gaspar

A PERSONAGEM MULHER – MARAVILHA

 Apresentamos primeiramente aspectos gerais abordando a questão da mulher representada por uma personagem de histórias em quadrinhos, que foi passando de geração para geração.

 Os dados pesquisados para essa narrativa são enfatizados no universo e na reflexão do contexto atual, buscando autoria na linguagem escrita, na análise da personagem “Mulher – Maravilha”.

 Iremos falar sobre a sua origem, seus superpoderes e muitas outras curiosidades!

 Em inglês-Wonder Woman, tem o significado de Mulher-Maravilha. Designa uma super-heroína, personagem fictícia de histórias em quadrinhos publicada pela editora americana DC Comics.

 A “Mulher-Maravilha” considerada a Princesa da civilização Amazonas é uma das mais poderosas defensoras da paz e da igualdade. Esta super-heroína é uma das mais célebres personagens da Liga da Justiça e chegou finalmente aos cinemas, sendo interpretada pela atriz israelense Gal Gadot.

 Criada durante a Segunda Guerra Mundial e adotada como ícone da cultura pop, a Mulher-Maravilha, super-heroína da DC Comics, chega aos 80 anos com muita história para contar. Diana, que surgiu nos quadrinhos, já participou de filmes e séries e foi eternizada nos mais diversos itens, como bonecas, joias e no imaginário coletivo; adaptação acerta ao apostar não apenas na força da personagem, mas também em sua habilidade. Assim, ver os saltos e piruetas que ela faz durante as lutas é algo que impressiona, pois é bem diferente daquilo que estamos acostumados a ver dentro desse estilo de filme.

 O dia 21 de outubro de 1941 foi o primeiro da Mulher-Maravilha na DC Comics. A personagem debutou na revista All Star Comics, com a história Introducing Wonder Woman… Desde então, ela foi conhecida pela identidade civil de Diana Prince, e nunca perdeu seu espaço nas histórias da DC Comics e nos corações dos fãs.

 Com raízes na mitologia grega, a Mulher-Maravilha teve sua história alterada algumas vezes. Na versão mais recente, ela é filha biológica de Zeus e Hipólito e seu físico não nega sua origem; Diana é uma guerreira forte e com dons sobre-humanos que luta pela paz em um mundo predominantemente masculino. A adaptação acerta ao apostar não apenas na força da personagem, mas também em sua habilidade. Assim, ver os saltos e piruetas que ela faz durante as lutas é algo que impressiona, pois é bem diferente daquilo que estamos acostumados a ver dentro desse estilo de filme.

 O filme traz uma inocência e uma ingenuidade que nos lembra muito, o clima do Superman dos anos 1970, com Christopher Reeves. Por viver em um paraíso, Diana é ingênua diante de todas as incongruências de nosso mundo e é essa inocência que encanta e conquista o espectador. A ingenuidade da personagem faz com que ela consiga enxergar o que há de melhor na humanidade mesmo em um de seus momentos mais sombrios. E, mais do que isso, ela faz com que as pessoas ao seu redor queiram ser melhores exatamente pela inspiração que ela emana. Ela é a única que pode realmente ser chamada de herói dentro desse universo.
 Assim, destacamos algumas das frases desta super-heroína

  • Eu acredito no amor e apenas o Amor pode salvar o mundo.
  • Eu vou lutar, por todos aqueles que não podem lutar por eles mesmos.
  • Se tiver de interferir com um sistema acomodado e antiquado para ajudar apenas uma mulher, um homem ou uma criança… aceito de bom grado as consequências.

 Do ponto de vista de um entendimento mais humanizado, ela faz com que as pessoas ao seu redor queiram ser melhores, exatamente pela inspiração que seu personagem emana, tanto no cinema quanto nas revistas em quadrinhos, com a possibilidade do despertar da criação ficcional ou poética, que é a mola da literatura em todos os níveis e modalidades, com o erudito presente em cada um de nós.

DESPERTANDO A IMAGINAÇÃO – OLHOS DAS IDEIAS

O sol dourado me segue, juntamente com a leveza da minha memória,

que como das estrelas brilhando, parece uma foto festejando nascimentos.
Por Stella Gaspar

 No mundo dos quadrinhos, encontramos heróis que atuam no subconsciente e no consciente do leitor; seus personagens são muito mais do que quem veste o manto, capas e usam seus adereços como espadas, anéis com poderes, entre outros, eles fazem histórias e criam sentidos no pensamento e na linguagem, nos processos que expressam sentimentos como: dor, medos, e amor, despertando nossas sensibilidades. Dentro das próprias histórias, esses heróis inspiram pessoas que vão seguir os seus passos, e a “Mulher-Maravilha” é exatamente isso nos cinemas ou nos quadrinhos, ou seriados de TV.

 Estamos em um momento conturbado no mundo, é preciso permitir tanto no adulto, quanto no jovem e na criança, por meio da imaginação, narrativas de esperanças, desenvolvendo exatamente o que precisávamos, para desenvolver a nossa capacidade de perceber situações que não estão fisicamente presentes e visualmente reais.

 A imaginação é uma ferramenta de aprendizagem criativa, são metáforas para maior entendimento do mundo. Quando estamos fisicamente ativos no mundo recebemos informações, tanto externa, quanto com compartilhamento de concepções que são os feedbacks. Logo, a imaginação incorpora fantasias ou ideias que estamos denominando como “olhos de ideias”, sintonizadas e mais práticas.

 O super-herói nunca foi àquele personagem que tem somente força e poderes, mas sim aquele que, apesar de todas essas habilidades, ainda consegue aliviar angústias e superações das incertezas. E é isso que as produções literárias como a da “Mulher – Maravilha” nos mostra: uma heroína que cresceu em um lugar isolado e que, mesmo conhecendo o que há de pior em nosso mundo, ainda acredita em nossa humanidade. Partindo dessa análise, podem ser observados momentos inspiradores que afloram as emoções desde a infância até a maturidade.

 As inspirações também são constituídas de fantasias, de modelos familiares de concepções nos levando a um mundo de descobertas, e pensamentos mágicos. O mundo da fantasia freudiano nos dá um suporte fantástico, para a narrativa aqui escrita, quando compreendemos as transferências para as vozes trazidas por um mundo de fadas, super-heróis. Essas falas germinam fecundando no nosso imaginário um mundo simbólico à nossa volta, com os personagens que nos enchem de amor e segurança.

 Podemos refletir que a personagem “Mulher-Maravilha”, pode desenvolver a autoestima, a autoconfiança e os objetivos de vida para a mulher, que quer ter mais liberdade, deixar de ser reprimida pelas proibições e cerceamentos impostos pelo machismo ou condutas exacerbadas de uma sociedade tradicional, com pouco desenvolvimento contemporâneo cultural, sufocando o pensamento autônomo.

 Algumas delas, se frustram, sentem-se confusas e incapazes de desenvolver seus poderes adquiridos em suas criatividades e aprendizagens mais sensíveis, mais inspiradoras.

 Do ponto de vista ao mito de uma mulher heroína com super poderes, podemos compreender a importância mítica do significado que “A Mulher Maravilha” tem em uma história singular e diferenciada, marcando o imaginário popular como a super-heroína, na abordagem literária dos quadrinhos, com grande valia para as dimensões do mundo humano imaginário ou real, ela trás em seus comportamentos, movimentos e piruetas, uma linguagem corporal que nos leva a muitas interpretações, envolvendo-nos em uma construção imaginativa com efeitos subjetivos performances, beleza estética no que diz respeito aos valores femininos.

 A “Mulher-Maravilha” preenche essas projeções nos mundos imaginários que tem correspondências com o mundo real, portanto promovendo as fantasias, crenças na realidade ficcional, no mundo feminino principalmente. É uma personagem fictícia de histórias em quadrinhos, uma super-heroína guerreira de origem Greco – romana.

 O closet da “Mulher Maravilha” foi criado pelo Dr. William Moulton Marston, que a desejou com um físico atlético. Seu projeto pedagógico de inserção de personagem feminina objetivando valorizar a condição da mulher, com ajuda de mulheres de seu próprio convívio, como suas companheiras Elizabeth Marston e Olive Byrne, Alice Freeman Palmer, dentre outras.

 

NÃO SE VIVE SÓ DE RACIONALIDADE


 A vida poética está irrigada em profundidades, nossos pensamentos e fantasias comunicam-se com o simbólico, com o mitológico, o analógico.

 Tudo se comunica entre o imaginário e a estética de um corpo musicalizado, na dança, nos movimentos. A “Mulher-maravilha” propaga a paz, é defensora da verdade, possuindo habilidades super humanas. Com seus laços de verdade e os braceletes da vitória. Ela não foi criada para ser o interesse de amor de um super-herói masculino. Ela também foi adaptada para diversas outras mídias, como jogos de videogame ou desenhos animados.

 Recebeu o nome de Diana; assim como todas as amazonas, ela foi presenteada pela maioria dos Deuses do Olímpio, como Atena, que lhe deu a sabedoria; Hermes, lhe deu a velocidade; de Deméter ganhou a força e poder; de Afrodite, enorme beleza e coração amoroso; dos gêmeos Ártemis e Apolo, ganhou os olhos de caçadora, a compreensão das feras e a capacidade de cura acelerada; de Héstia, recebeu a afinidade com o fogo para que os corações se abrissem para ela; de Hefesto, ganhou a imunidade ao fogo, seus braceletes e seu laço mágico; do seu tio Poseidon, ganhou a destreza no nado e de seu pai Zeus,(apesar de que haja discordância sobre que seja realmente seu pai) ela recebeu a herança de semi-deusa e a capacidade de voo.

 A personagem não tem permissão para matar ninguém, nem estava autorizada a usar a violência, exceto em autodefesa ou em defesa de outros. O amor era – e ainda é – a chave para a força da mulher. Dando-lhes vida, poderosas e corajosas em suas vidas cotidianas.

 Quando a “Mulher Maravilha” vence o inimigo, ela também torna possível que o vilão veja o erro o dele (ou dela) além de estimular transformações, utilizando seu laço mágico e fazendo com que os malfeitores possam reconheçam seus erros.

 Basicamente, a jovem Diana, – princesa da ilha paradisíaca- que é a “Mulher-Maravilha” é uma mulher típica do mediterrânea de cabelos pretos (os quais já foram médios, longos, encaracolados ou ondulados), olhos azuis (os quais já foram escuros), notavelmente alta, atraente, exibindo um corpo esbelto, porém curvilíneo, com um busto considerável e corpo magro, e musculoso. Ao longo dos anos, as maiores mudanças foram em seus trajes, usando uma tiara real dourada (ou prata) com uma estrela, um traje que combina bustiê vermelho com uma águia dourada como símbolo (sendo substituída por um duplo “W” nos anos 1980 até então), uma saia ou short azul com estrelas brancas e botas de cano longo vermelhas ou sandálias no estilo gladiador.

 

CONCLUSÃO

 Há complexidade, nas histórias em quadrinhos, em especial na apresentada nesta edição via coluna “Autopoiese & Narrativas” não nos afastando de um diálogo com a condição humana. A finalidade da narrativa trazida para a 17ª edição, buscou pluralidades de imaginações, contemplações dentre outras a partir da livre escrita com possibilidades para você leitor ou leitora, ampliar suas pesquisas, concepções e autorias.

 Desde a década de 1940 até a atualidade, a “Mulher- Maravilha” é sinônimo de virtudes como a justiça, compaixão, conhecimento, temperança, sabedoria, coragem, generosidade e humildade. Estes são aspectos emergentes para a nossa sociedade humana. Precisamos entender que em tempos de multiculturalismo aprendemos no e com o mundo, somos influenciados pela cultura, religião, crenças e outras formas culturais.

 A arte fortalece e transforma o nosso mundo imaginário, criativo e intelectual.
 Significa incorporar a cultura como fonte geradora do desenvolvimento individual, para o social.

Por Stella Gaspar

Por STELLA GASPAR

Pular para o conteúdo