AUTOPOIESE E NARRATIVAS – Tecnologias e seus avanços

AUTOPOIESE E NARRATIVAS – Tecnologias e seus avanços

Caros leitores da 22ª Edição da Revista Internacional Interativa “The Bard” o tema desta Edição” A arte e a Inteligência Artificial” é amplo e ousado. Com ele muitas descobertas e construções de conceitos, concepções, podem ser elaborados. É a tecnologia do momento, inovadora e entusiasmante enquanto recurso mediador nos dias atuais para a realização de diferentes propostas profissionais e educativas.

Teceremos narrativas que possam leva-los para uma viagem de conhecimentos diferenciados, buscando sempre abrir caminhos para novas autopoieses em suas aprendizagens.

Enfim, os temas aqui trazidos foram por nós selecionados, de modo que vocês tenham uma bonita busca de conhecimentos.

 

TECNOLOGIAS E SEUS AVANÇOS

 

É inegável a importância das tecnologias nas atividades profissionais, educativas e no nosso dia a dia, independente da área de atuação.

A ciência da computação vem apresentando avanços sem precedentes: celulares, martphones, notebooks, tables, entre outros.

Diante de tantas descobertas faz-se necessário tecermos algumas reflexões sobre esses avanços e suas consequências nos diferentes contextos. Não podemos esquecer a influência do ambiente no desenvolvimento pessoal, como a imaginação, raciocínio lógico, quociente sócio emocional, entre outras competências, nesse tear tecnológico, sendo importante manter-se atualizado por meio de uma literatura especializada, estando atento ás atualizações.

Desta forma, os avanços e seus percursos precisam ser por meio da alegria, da arte, da convivência com as novas formas de aprendizagens em movimentos, como olhar as nuvens, as estrelas e sentir que fazemos parte de um universo na leitura de mundo.

Imagem de StartupStockPhotos por Pixabay

 

Múltiplos olhares, múltiplas inteligências

Mais do que dominar uma máquina, precisamos preparar nossos aprendizes para a versatilidade. Somos capazes de aprender tipos de aprendizagens diversificadas. Com diferentes estilos e recursos de estímulos com ótimos desempenhos.

O nosso cérebro não é só uma inteligência voltada para a linguagem, ele é constituído das informações que recebemos por meio dos nossos cinco sentidos: imagens (visão), sons (audição), sensações (tato), odores e aromas (olfato) e sabores (paladar) É importante o despertar dos dois hemisférios cerebral; o esquerdo e o direito, dessa forma estão estimulando conhecimentos estimulantes e criativos, voltados também para a imaginação. Não há nada de errado em uma criança, um adulto ou um jovem elaborar outras formas de expressão além da linguagem escrita.

Existem outros tipos de inteligências, muito pesquisadas e comprovadas desde que as fontes estimuladoras sejam cognitivamente e afetivamente convidativas e inovadoras, despertando paixões por parte de quem aprende. Paixões pela poesia, pela leitura, abandonando antigos paradigmas, abrindo espaços para a construção de novos em diferentes momentos rumo a autonomia.

Às vezes uma imagem vale por mil palavras, assim encontramos essa expressão em um antigo provérbio. A aprendizagem com base nas inteligências múltiplas envolve fatores cognitivos, afetivos, culturais e sociais. Para autores como J. Piaget (1975, 1982), a aprendizagem depende das condições internalizadas organizadas hierarquicamente em estruturas cada vez mais complexas ativas com o mundo físico e social, para o enfrentamento  dos desafios da contemporaneidade.

Imagem de Andrew Lloyd Gordon por Pixabay

 

Com múltiplos olhares podemos desenvolver o processo de empatia e alteridade, intersubjetividade gerando princípios da sensibilidade, na convivência dialética.

Autorreflexão – Empatia- Alteridade- Intersubjetividade.

A partir desses aspectos e seus conceitos podemos buscar melhor um delimitar de potencialidades e limites.

Com essas narrativas procuramos refletir o protagonismo do aprendente, no processo de seu desenvolvimento, pensamento lógico e abstrato. (Vigotski, 2001).

O processo de desenvolvimento também destaca-se na criatividade que é a capacidade aqui entendida como sendo a inovação, ousadia, construção, criação e recriação da própria vida.

 

A arte do emocionar-se

Para apresentar a narrativa acerca dos afetos e emoções, começamos por uma música sugestiva, que para mim enfatiza e valoriza a arte do emocionar-se.

Imagem de bruce lam por Pixabay

 

Quando a gente ama

Canção de Oswaldo Montenegro

Quem vai dizer ao coração
Que a paixão não é loucura
Mesmo que pareça insano acreditar?

Me apaixonei por um olhar
Por um gesto de ternura
Mesmo sem palavra alguma pra falar

Meu amor, a vida passa num instante
E um instante é muito pouco pra sonhar.

Quando a gente ama, simplesmente ama
É impossível explicar
Quando a gente ama, simplesmente ama.

Quem vai dizer ao coração
Que a paixão não é loucura
Mesmo que pareça insano acreditar?

Me apaixonei por um olhar
Por um gesto de ternura
Mesmo sem palavra alguma pra falar

Meu amor, a vida passa num instante
E um instante é muito pouco pra sonhar.

Quando a gente ama, simplesmente ama
E é impossível explicar
Quando a gente ama, simplesmente ama.

 

A arte de emocionar-se não constitui um ato mecânico. É um processo vivencial de sensações e emoções. O ser humano é um ser biológico no seu processo, no seu percurso de vida, mediado pelas experiências com outras referências humanas, que interferem na sua maneira de ser e de agir com outros seres humanos. Logo a sua relação com o mundo é dialética que por sua vez modifica a natureza de seu pensar, reeducando afetos com vínculos aprofundados e nutritivos com outras emoções. A afetividade é o fio condutor, ou seja, é uma vivência com a arte de integração das funções emocionais, cenestésicas e orgânicas.

As emoções, os afetos são artes voltadas para  o estar com outras pessoas por meio do amor, da amizade, da empatia, em conexão com a natureza, sentimentos de pertencimento em uma rede de interligações.

 

Contextualizando a arte e a inteligência artificial (AI)

A Inteligência Artificial (IA) é uma área da computação que se concentra no desenvolvimento de algoritmos e sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente exigem inteligência humana, como aprendizado, raciocínio e tomada de decisão. Nos últimos anos, a (IA) tem sido aplicada em uma ampla gama de setores, incluindo medicina, finanças, transporte e até mesmo na arte.

Na arte, a (IA) tem sido usada para criar novas formas de expressão, gerar conteúdo e até mesmo ajudar artistas a automatizar o processo de criação. Alguns exemplos incluem a pintura criada por um algoritmo da Google, chamada de “The Next Rembrandt”, a música gerada por um software de inteligência artificial da Sony, e até mesmo a criação de roteiros de cinema e televisão. (Paulo Varella – Março 13, 2023).

Embora a (IA) na arte ainda esteja em sua iniciação, ela tem o potencial de transformar o mercado de arte e a forma como as pessoas criam e consomem arte.

A maioria das pessoas que ouve o termo Inteligência Artificial (IA) lembra logo de vários filmes, séries e livros. O tema nos leva a pensar em robôs super inteligentes e suas interações com os humanos. Já quando falamos sobre inteligência artificial com alguém da área de tecnologia, os pensamentos são menos fantasiosos. Para esses profissionais, A (IA) se relaciona às máquinas capazes de funcionar de maneira independente dos seres humanos.

Mas naturalmente à inteligência artificial é a arte, em suas diversas expressões. Você já parou pra pensar sobre isso?

A junção entre arte e inteligência artificial é uma realidade nos dias de hoje. Sua utilização tem sido bastante variada. Todavia o homem, a natureza, continuam a ser  olhados na perspectiva humana enaltecendo a sua inteligência. Assim, é preciso não só olhar a (IA) sob uma ótica racional, o mundo humano vai além do olhar racional e linear. Desta forma valorizar aspectos emocionais, desejos e intuições busca caminhos artísticos  com a aceitação das diferenças entre as pessoas incorporando a afetividade com a capacidade  de amar.

Mais perto de nós, temos a artista plástica brasileira Katia Wille. No início de 2020, parte de suas obras foram exibidas no Museu de Arte Sacra de São Paulo, na mostra ToTa Machina, que significa “Mulher Máquina”, combinou inteligência artificial com as obras da artista. A partir da IA, foi possível proporcionar experiências distintas para cada visitante. Através das máquinas, as obras conseguiam reagir não só à presença humana, mas também às suas emoções. Ou seja, as obras se modificavam à medida que viam e identificavam os sentimentos dos visitantes!

 A realidade é que existem muito mais interações entre artistas e máquinas. Os avanços tecnológicos da humanidade costumam caminhar lado a lado com os desenvolvimentos na área da arte, e é isso que estamos presenciando neste momento da história. Nessa discussão, surgem questões.

Arte feita por máquinas ainda é arte? O artista será substituído? Quando uma obra de arte criada por uma (IA) é vendida, quem recebe o dinheiro? Quem é o artista? Qual o valor do seu trabalho e da sua atuação na nossa sociedade? No futuro, ainda será possível diferenciar a arte feita por humanos daquela feita por máquinas?

 Não temos respostas ainda para essas questões provocativas.  Devemos buscar caminhos seguros no conhecimento, nada é pronto, para cada situação encontramos uma etapa que merece atenção.

Imagem de Wolfgang Eckert por Pixabay

 

A guisa de conclusões

É preciso avançar nas pesquisas científicas despertando mudanças de paradigmas sobre o tema. O uso de ferramentas atualizadas pode ser maravilhoso, a partir do uso adequado… por isso essa narrativa não termina aqui. É o começo de uma nova fase investigativa, artística e educativa.

A criação de arte com inteligência artificial (IA) pode ser vista como uma forma de colaboração entre humanos e máquinas. Nesse sentido, existem diversas ferramentas e técnicas que permitem artistas explorarem e expandirem sua criatividade por meio da (IA).

Desejo-lhes sucessos!

Imagem de User33769719 por Freepik

Por STELLA GASPAR

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