CINEMA – Abstinência “Réquiem para um sonho”

CINEMA – Abstinência “Réquiem para um sonho”

 O vício consome seu usuário. Controla tudo nele. Leva sua identidade, vontades, desejos e sonhos, o vício é um predador que não tem pena alguma de sua vítima.

 Uma experiência ocasional pode se tornar mensal, depois quinzenal, semanal até virar diária e mais do que isso até. O que ocorre é que o vício corrói, destrói seu hospedeiro e o torna totalmente um dependente e sombra daquilo que se era.

 O vício em drogas é uma história com final geralmente triste e trágico, sabe-se que vai da vontade do usuário sair desse beco quase sem saída, é preciso muito controle e foco para abandonar esse hábito quase letal, não adianta internar contra sua vontade, pois só gerará mais revolta e pressão e ele não conseguirá pensar claramente.

 O filme em questão se chama Réquiem para um sonho, trata de 4 personagens principais, um filho que vende as coisas de casa para comprar drogas, a mãe fissurada por um programa de TV, a namorada e o amigo também imersos em drogas e solidão.

 O personagem principal chega a ter um pouco de sucesso vendendo drogas e até compra uma TV grande para sua mãe, mas essa após receber uma ligação para participar do seu programa favorito, entra em obsessão para entrar num vestido da formatura do filho e apela para remédios para emagrecer, entrando em abstinência também.

 A namorada do personagem até vai para o lado da prostituição para conseguir drogas e o amigo sente falta da sua mãe e chora pelos cantos, extravasando essa falta com o abuso das drogas.

 O desfecho é triste para todos os casos, pois nenhum deles teve força de vontade para sair do vício e a tristeza é bem evidente nesse filme, passando a imagem muito clara de que a persistência desse mau hábito não pode terminar em um final feliz.

 Réquiem para um sonho, filme disponível na Amazon prime, duração de 1h 42 min; faixa etária 18 anos; ano 2020; gênero drama/suspense psicológico; elenco: Ellen Burstyn, Jared Leto, Jennifer Connelly, Marlon Wayans

Por CACÁ MATOS

Pular para o conteúdo