CONTADORES DE HISTÓRIAS – As Histórias e a Ancestralidade

CONTADORES DE HISTÓRIAS – As Histórias e a Ancestralidade

AS HISTÓRIAS E A ANCESTRALIDADE

 

Artista, contadora de histórias, cantora e professora. Acredita na arte como expressão de vida, desde criança faz de tudo poesia para viver.

Procuro meus vestígios nestas areias. Eu bem recebia as pétalas de sol em mim.
Queria saber o sonho daquelas garças à margem do rio.
Mas não foi possível. Agora não quero saber mais nada, só quero aperfeiçoar o que não sei.

BARROS, 2018, “Memórias Inventadas”

O ser humano tem a necessidade e o prazer em contar histórias e estabelecer relações entre presente, passado e futuro.

O aconchego da palavra, dos sons, gestos, do corpo brincante são elementos que fascinam a quem conta e a quem ouve uma narração. Um adulto pode contar uma história, uma criança pode contar uma história. Seja quem for vai trazer leques de possibilidades relacionadas à narrativa que são próprias de cada um e parte de sua cultura, suas experiências, suas vivências.

O narrar então se torna busca.

A busca e aprendizado de tudo aquilo que já se foi, mas que se faz presente em nossas vidas de variadas maneiras nos fazendo ser parte de contextos e modos de viver em sociedade, busca do próprio ser e estar no mundo individualmente e para além disso, contribuição para o que ainda vem.

Muito se pratica e se fala hoje sobre utilização da narração de histórias ou na utilização da literatura como meio didático, para ensinar regras, valores escolarizados às crianças, jovens ou adultos, porém a narração de histórias e a literatura tem papel maior do que este, o saber estésico, aquele que vai além do que está na interpretação visível ou escrita, aquele que nos faz sentir, que atravessa sentimentos e sensações.

O estímulo causado por um narrador ou narradora de histórias vai além do que se vê, transborda sentimentos e reações que despertam em cada ouvinte a curiosidade, a reflexão e a criticidade do que é apresentado, e também faz fios de conexões com cada pessoalidade envolvida neste processo, seja por parte do público, seja por parte de quem conta.

As histórias se colocam em metamorfose, em portal, que transportam para vivências e descobertas do antes, do ancestral, do que sensibiliza e muitas vezes ressignifica nossos passos, diante de novos olhares e aprendizados à respeito de momentos históricos, lendas, mitos, enfim daquilo que já foi, mas que permanece vivo por meio de vozes, corpos, palavras e sentidos.

 

A CENTOPÉIA/POEMINHA DO CONTRA

 

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A LENDA DA PAXIÚBA

 

O SENHOR DAS MONTANHAS

 

Por Joy Santana

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