E AÍ, QUAL É O FILME? – Edição Julho e Agosto 2023

E AÍ, QUAL É O FILME? – Edição Julho e Agosto 2023

A cada edição da Revista The Bard um desafio é lançado na coluna “E aí, qual é o Filme?” E na 20ª Edição não poderia ser diferente!

 O colunista Lauro Henrique preparou um texto cheio de dicas e mistérios acerca do filme em questão, leia-o atentamente e arrisque o seu palpite. O leitor que decifrar o mistério escondido no texto e comentar corretamente o nome do filme aqui neste post.

O ganhador irá levar o livro da Autora Clarissa Pinkola Estés: MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS 

 

Regras de participação

  • Para participar, basta comentar corretamente o nome do filme do seu palpite junto com o link da sua rede social aqui neste post na aba COMENTÁRIOS.
  • O prêmio será enviado via correios para o ganhador, que deverá entrar em contato com os dois perfis da Revista no Instagram e informar seu endereço dentro de 48 horas após o lançamento da Revista.
  • Caso o ganhador não envie o endereço dentro deste prazo, não haverá ganhador do prêmio na edição, apenas do desafio no post da Coluna.
  • O perfil da rede social do ganhador deve estar aberto, para que o mesmo seja comunicado do resultado do desafio. Caso esteja fechado, o mesmo será desclassificado.

E aí, qual é o filme?

Hercule Poirot, Dana Scully, Fox Mulder, L, Rorschach, Tintim, Sam Spade, Maigret, Batman ou o lendário Sherlock Holmes? Será você o próximo grande detetive?

Uma amizade complicada

Olá, prezados leitores! Chegamos em mais um desafio no qual a minha obrigação é dificultar a sua vida. Espero que tenham assistido aos outros filmes que deixei de sugestão, pois mesmo que não sejam exatamente de seu gosto, certamente eles conseguem trazer algum tipo de reflexão. A conflitante trama deste mês critica o que mais gosto de ver em filmes: exploração, amizade e solidão. E já temos a primeira dica!

Dentre os diversos personagens desta película, vou me ater a alguns específicos que ajudam no desenvolvimento da trama, porque infelizmente se eu enfatizar o principal, vocês já descobrem de primeira. O filme é mais uma história de amizade, exatamente como aqueles clássicos da Disney que você está pensando, Pinóquio, Toy Story e por aí vai. Uma história em que a amizade vai levar os personagens a se testarem ao máximo para mudar o destino de seus amigos. Como não se envolver em tramas assim?

Lembro, por exemplo, da emocionante história de Rei Leão em que o rei Mufasa e sua esposa apresentam seu filho Simba aos animais da floresta. Aquela cena clássica que o sábio Rafiki levanta o filhote em cima da pedra e todos os animais contemplam orgulhosos, menos o vilão Scar. Em suas tramas cheias de inveja e maldade, o ardiloso Scar consegue assumir o poder e se livrar de Simba o que dá continuidade ao filme chegando aos melhores personagens Timão e Pumba. Filme obrigatório, que dialoga com o enigma aqui proposto deixando a próxima pista: apesar da amizade de alguns personagens começar um pouco desengonçada por causa de seus gostos diferentes, ao final eles fariam qualquer coisa para ajudar uns aos outros.

Outro aspecto curioso destes filmes é o vilão, parece que muitos dos vilões tem aquele sistema de acreditar que estão sempre certos. Suas motivações vão das mais fúteis como ganhar muito dinheiro, obter poder, ou como nos clássicos vilões góticos casar-se com a mocinha indefesa. Em filmes infanto-juvenis pode ser aquele colega de escola que faz bullying, ou a menina(o) chato (a) que perturba o protagonista com brigas e intrigas só porque são infelizes com sua própria vida.

E na película aqui proposta não é diferente, o vilão é ardiloso, mentiroso, inescrupuloso, mas que no final das contas acredita que está fazendo o certo, lembrando que o vilão pode ser até mesmo um parente. Até certo ponto, posso dizer que crianças se assistirem este filme podem chorar, temos mortes, tragédias e alguma decepção, mas possivelmente uma das melhores obras feitas nesta linha crítica nos últimos anos. Quantos diretores tentam expressar a perda de entes queridos, amigos, familiares, dentre outros, articulando tramas complexas e cheias de efeitos cinematográficos, quando pequenas atitudes e gestos conseguem transmitir muito mais em curtas e bem pensadas cenas.

Não precisamos ir tão longe, pensemos no filme Wall-E, em que o personagem principal não fala. Logo ao início, observar o pequeno robô sozinho coletando lixo numa rotina infinita gera uma enorme reflexão sobre solidão. São tantas cenas épicas junto da feroz crítica contra o caminho que a humanidade está tomando que é fácil associar a nossa realidade. O que fez o ser humano diante do problema de lixo na terra foi fugir para o espaço, e a resposta para o enigma aqui proposto parte justamente do questionamento das escolhas que o ser humano faz diante dos problemas.

Um animal abandonado ao relento, uma criança com fome, excesso de lixo, problemas que viraram rotina em grandes centros, não mais abalam o ser humano. A resposta para o enigma deste mês é justamente esta, fugir dos problemas ou enfrentá-los? O personagem principal deste filme assume este papel, lutar contra o tempo e consertar os erros do passado e as mágoas deixadas com seus familiares. Despeço-me agora de você leitor, deixando esta última pista, muitos dos personagens deste clássico estão nesta posição, enfrentar uma injustiça, proteger quem ama, perdoar-se e seguir a vida, ou voltar à raiz do problema e tentar arrumar tudo. Alguns vão conseguir, outros vão perceber que nem precisavam…

Por LAURO HENRIQUE

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