E AÍ, QUAL É O FILME? – Edição Maio e Junho 2023

E AÍ, QUAL É O FILME? – Edição Maio e Junho 2023

A cada edição da Revista The Bard um desafio é lançado na coluna “E aí, qual é o Filme?” E na 19ª Edição não poderia ser diferente!

 O colunista Lauro Henrique preparou um texto cheio de dicas e mistérios acerca do filme em questão, leia-o atentamente e arrisque o seu palpite. O leitor que decifrar o mistério escondido no texto e comentar corretamente o nome do filme aqui neste post.

O ganhador irá levar o livro da Autora Clarissa Pinkola Estés: MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS 

 

Regras de participação

  • Para participar, basta comentar corretamente o nome do filme do seu palpite junto com o link da sua rede social aqui neste post na aba COMENTÁRIOS.
  • O prêmio será enviado via correios para o ganhador, que deverá entrar em contato com os dois perfis da Revista no Instagram e informar seu endereço dentro de 48 horas após o lançamento da Revista.
  • Caso o ganhador não envie o endereço dentro deste prazo, não haverá ganhador do prêmio na edição, apenas do desafio no post da Coluna.
  • O perfil da rede social do ganhador deve estar aberto, para que o mesmo seja comunicado do resultado do desafio. Caso esteja fechado, o mesmo será desclassificado.

 

E aí, qual é o filme?

Hercule Poirot, Dana Scully, Fox Mulder, L, Rorschach, Tintim, Sam Spade, Maigret, Batman ou o lendário Sherlock Holmes? Será você o próximo grande detetive?

 

A vida precisa de ação

 

Olá, prezado leitor, o filme que lhe trago este mês está na minha lista dos favoritos, ainda que tenha umas “falhinhas” aqui e ali. A crítica de cinema talvez discorde de minhas análises, mas como todo bom cinéfilo, eu sempre gostei de assistir ao filme criando minhas próprias expectativas, principalmente com algo que já me é familiar faz muito tempo.

Aproveitando a sentença acima, a primeira pista que apresento é justamente a respeito da crítica, parece que algumas pessoas gostam de rotular o que cada um deve ou não assistir ou é ou não capaz de fazer. E nada melhor para representar essas atribulações da vida do que um bom filme, sendo este o ponto central a ser discutido aqui: mostrar que podemos forjar nosso próprio caminho independentemente do local onde nascemos, nossa condição social e racial.

Posso afirmar que temos neste filme um pouco de vários gêneros, autoajuda, ação, suspense, drama, investigação, enfim, muitos dos elementos pelos quais eu sou apaixonado desde criança. Claro que se esta película existisse naquela época, eu não conseguiria vislumbrar as inúmeras ideologias que os diretores fazem uso, desde aquele olhar reflexivo com o qual o personagem se julga incapaz de realizar simples tarefas até a brusca mudança ao longo das interações, estas sendo fundamentais para o personagem, pois o tornam extremamente resiliente e confiante nos momentos mais inóspitos.

Este aspecto leva a uma forte reflexão sobre momentos, talvez o ser humano de modo geral prefira não enfrentar desafios e permanecer na vida comum e rotineira, o que leva à mesmice e uma possível e eventual depressão. Uma rotina pode ser um problema para o desenvolvimento da pessoa dependendo de cada contexto, ficando a pergunta: Quais são os momentos em que mais crescemos e evoluímos? Certamente muitos desses são construídos por meio do enfrentamento ativo da dor e das dificuldades no qual podemos vencer ou falhar. Isso realmente não importa porque é no percurso que aprendemos muito sobre as melhores e piores escolhas tomadas.

O que vou dizer talvez pareça clichê, mas lá vai uma pista importante: os protagonistas do filme possuem um renomado mentor. O que seria de um bom filme sem este personagem clássico que motiva os outros diante das dificuldades, lembrando que nesta produção o mentor/professor é bem rigoroso? Não que todos precisem de alguém assim, eu mesmo me julgo um professor bonzinho, até hoje não sei dizer se consigo dosar o quanto podemos ser “bons” com nossos alunos ou o quanto devemos exigir para que eles se mexam e conheçam novos mundos. Afinal, todo aluno tem sua desculpa: sou baixo, sou fraco, sou gordo, não sou inteligente, sou isso, sou aquilo. Contudo, com um pouco de motivação, eles chegam longe.

Um bom exemplo de filme em que professor/mentor muda a vida do aluno é o filme Gênio Indomável (1998). A produção mostra o drama de jovem superdotado de nome Will Hunting com o fantástico talento de aprendizagem, mas com sérios problemas comportamentais, de modo que se vê obrigado a fazer terapia. Solitário, o rapaz não consegue fazer amigos e trabalha somente para poder sobreviver. No decorrer da história, consegue realizar uma grande mudança graças à interferência e amizade do terapeuta Sean MacGuire, interpretado pelo famoso Robin Williams, que assume este papel de mentor guiando o rapaz a descobrir seus pontos fortes e fracos.

Trago esta pequena história para contextualizar a importância de certas figuras em nossa vida em distintos contextos. No caso da película que lhe apresento, são tantos elementos para discutir que esta é apenas uma das pistas, existem muitas outras que vão desde a caracterização do elenco até a representação da sociedade xenofóbica que, aos olhos mais desatentos, pode passar despercebida. E algo que pode quebrar isso é a amizade pelos personagens que é formada ao longo da narrativa e dos desafios enfrentados que levam à compreensão e entendimento das diferenças.

Novamente me despeço, torcendo para que você, leitor, consiga descobrir meu enigma e, como é de costume, antes de ir, deixo uma última pista: é um filme que merece ser visto no cinema com bastante atenção porque lá se escondem tantas discussões e representações que, ao assisti-lo, você não vai ter dificuldade em se encontrar e se ver ali representado em algum trágico ou cômico personagem. Clássicos são clássicos porque inspiram outras inúmeras produções em inúmeras expressões artísticas.

Por LAURO HENRIQUE

 

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