Horas insone, e a torturar-me eu vago
na languidez de um mar de nostalgia.
A noite inteira, o espaço vão e vago
se faz pintura desdenhosa e fria.

Aperto os olhos, finjo que me apago,
tento evitar a viagem que angustia…
Rolando tinta sobre tinta, apago
os pensamentos vãos que eu não queria…

Mas outros chegam populando a mente
sugando sono e sonhos, e insistente
eu me contorço aceso feito os sóis…

São incontáveis noites que eu a esmo
saio vagando em busca de mim mesmo
tingindo um quadro em cores de arrebóis!

Por EDY SOARES
Vila Velha/ES

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