HISTÓRIA DAS ARTES – A história da pintura

HISTÓRIA DAS ARTES – A história da pintura

 

“Pintar é libertar-se, e isso é o essencial.”

                                                Pablo Picasso

 

Não é só por ser historiadora e artista, mas, sobretudo, por ser parte da humanidade, que a história do surgimento das artes me fascina, instiga meu pensamento e leva-me à pesquisa, a descobrir conhecimentos a respeito do tema. Nossos ancestrais acreditavam na capacidade de comunicação, resistência e perpetuação das artes. Isso me maravilha e me impulsiona!

A pintura é uma técnica antiga de aplicação de cor a uma superfície: papel, pedra, parede, o próprio corpo, ou qualquer lugar que o pintor deseje. É uma manifestação artística que está presente na história há séculos. Não tem como escrever sobre pintura sem lembrar, referir-se ao seu surgimento na pré-história, quando os povos nômades faziam uso de pinturas nas paredes rochosas, desenhos com carvão deixando marcas nas cavernas por onde passavam. As cores na pintura são como chamarizes que seduzem os olhos, como a beleza dos versos “.  Nicolas Poussin

 

Desde o século XIX, a pintura rupestre tem sido essencial na reconstrução do cenário das origens da humanidade. Desde as pinturas rupestres feitas por povos primitivos, o homem tenta expressar suas crenças, suas atividades, seu cotidiano, o modo como ele vê o mundo ao seu redor.   O homem, desde então, busca compreender onde surgiu a arte e quais as suas primeiras manifestações. É por isso que a história da arte é geralmente organizada em períodos que acompanham o próprio desenvolvimento das civilizações. Vamos juntos conhecer um pouquinho mais dessa trajetória belíssima que perpassa também o surgimento do homem no nosso planeta.

 

Há séculos, historiadores, filósofos, antropólogos tentam descobrir respostas sobre a nossa própria existência e a pintura é uma das formas que eles usam para tentar explicar o desenvolvimento das civilizações e das culturas extintas.

Durante muito tempo, pensou-se que seriam as pinturas nas grutas de Lascaux — França — que datam de há cerca de 35.000 anos e foram descobertas por acidente no século XIX — as mais antigas do mundo. No entanto, nas últimas décadas, avanços científicos nas áreas da paleoantropologia, da genética e da arqueologia não só colocam na África a origem da humanidade, como a da própria arte, revelando ainda que tanto uma quanto a outra pode ter uma longevidade maior do que se pensava anteriormente. A África possui centenas de tradições em artes rupestres espalhadas por todo o continente. 

As últimas descobertas arqueológicas revelam que, tudo teve origem na África do Sul, entre 70.000 e 100.000 anos atrás, numa gruta voltada para o Oceano Índico, local que mais tarde ficaria conhecido como Cabo da Boa Esperança. Esses acontecimentos se deram, acreditam os historiadores, no período neolítico, (X do milênio a.C.) com o declínio da arte rupestre como função do desenvolvimento da agricultura e da sociedade, ressurgindo na Grécia Antiga e aperfeiçoada mais tarde pelos romanos.

Em torno de 3 000 a.C. começam a surgir pequenos povoados na Grécia continental e lá se inicia uma tradição de pintura sobre artefatos de cerâmica, como vasos e potes. A partir do segundo milênio a.C. na Cidade de Creta, desenvolveu uma sociedade monárquica com sofisticada urbanização, contando até com palácios, e lá aparecem os primeiros sinais de pinturas murais, mas poucos restos sobreviveram ao tempo.

 

 

A Pintura Pale cristã foi a divisora de águas entre a pintura da Antiguidade e a Medieval, e ela ainda deu muitos subsídios para os pintores do Renascimento, do Neoclassicismo e do Romantismo.  Sua importância deve-se ao fato de que ela é tão antiga quanto a História da humanidade. 

A pintura é tão importante que ela se tornou uma das principais formas de representação e comunicação desde os povos primitivos, passando pelo Renascimento até os dias atuais. E através das Galerias de Arte ela volta a ganhar espaço, tanto que ela vive o seu apogeu, os pintores começam a ser reconhecidos em várias partes do mundo, graças às exposições.

A partir da evolução da Arte Moderna e das novas tecnologias, os pintores adaptaram técnicas criando formas de representação e expressão visual. Vários artistas experimentam a pintura com outras formas de arte, como a fotografia, por exemplo, criando colagens e gravuras. Nascem assim novos movimentos da Pintura como o Dadaísmo e a Pop Arte, com novas formas de representação e expressão visual.

 

Tipos de pintura

As pinturas podem ser figurativas (com representações da realidade) ou abstratas (sem figuras reconhecíveis). Os gêneros mais difundidos de pinturas são:

  • natureza-morta;
  • retrato;
  • paisagem.

Técnicas de pintura

As principais técnicas de pintura são:

  • Aquarela – a tinta é dissolvida em água, produzindo um efeito suave e fluido.
  • Afresco – pigmentos misturados em argamassa para pintura mural permanente.
  • Pintura a óleo – tinta feita à base de óleo para pintura luminosa de longa duração.
  • Pintura à têmpera – pigmentos misturados em aglutinantes (como gema de ovo) para efeito opaco e vibrante.
  • Pintura de tinta acrílica – pigmentos misturados em meio sintético para uma pintura de rápida secagem e cores vibrantes.
Close up photo of mixing oil paints on palette. Copy space.

 

Diante dos fatos descritos a respeito da evolução da pintura como arte, percebe-se que ela ultrapassou barreiras territoriais e técnicas, reinventou-se ao longo dos milhares de anos, desde a Pintura Rupestre até a Pop Arte, podemos dizer então, que dada sua importância frente à humanidade, influência desde a nossa cultura, até a política e economia. A pintura acompanha o ser humano por toda a sua história. A pintura é arte que enche nossos olhos, acalenta nosso cérebro e transborda histórias.

Por BETÂNIA PEREIRA

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