Mesa Posta

Mesa Posta

Dedilhou até sentir a ferida
Como recompensa,
escutou versos secos.


Silêncio
Foi o que recebeu

Consumiu o vinho
Que já estava na taça
Na mesa montada
Não sabia a esse ponto
Se Merlot ou Pinot noir

Havia queijos
Tábua montada
Devorou o mínimo

Considerou a retribuição
Segurou o desapontamento com as
mãos
Um tapa à sua dignidade
Com fissura no olhar
Faleceu chapada
Da necessidade de amar.

Por ZARA PIRES
Brasília – DF, BRASIL

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