MUSIC’ALMA – Entrevista com Ivo D.

MUSIC’ALMA – Entrevista com Ivo D.

Todos nós, somos um misto de sentimentos. Sentimos absolutamente tudo, mas no cotidiano, não nos expressamos, por diversos motivos, a boa política.

 A persona artística, é muito importante para isto, porque é através deste momento, que o artista consegue expressar tudo o que é e sente. Seja escrevendo ou cantando, a gente coloca para fora, e faz com que pessoas se identifiquem também. Ou seja, a persona, não é algo fácil… Mais que nunca, é uma pessoa na sua totalidade, sem medo de se esconder, usando da arte, para que tudo soe com emoção e contagie, sem truculência.

 Assim é o Ivo D (32 anos), que é um cara calmo, tranquilo, generoso, mas, que quando sobe no palco, se expressa e se comunica genuinamente com o seu público, deixando mensagens de vida!

 Além de ser dono de uma voz forte e com textura, chega no coração com potência e ao mesmo tempo, sutilidade. Conferi na escuta de suas obras disponíveis, onde senti nas letras e melodias, um cara doce e ao mesmo tempo visceral. Trago ele hoje aqui, porque tem muito para dizer ao mundo através de suas canções!

 

O começo

 Tinham apenas três discos de vinil em sua casa, “Raul” “Martinho da Vila”, “Mamonas Assassinas”, que faziam um evento sentimental para ele, na hora de ouvir! Ivo ficava destrinchando estes discos, ainda criança e se emocionando com aquilo, tentando entender nuances e sons.

 Era uma descoberta especial, que faria diferença na vida dele, anos depois.

 Desde pequeno, também desenhava os animes que gostava de assistir e começou a se envolver com a grafite, em uma oficina e lá, nas rodas de Break e Black Music, sentiu que foi mais um chamado da música.

 O Rock nacional e internacional, também foram referências para Ivo. Sabemos que quando há uma vocação, a vida sempre vai colocando nos caminhos, momentos, pessoas e lugares certos, para nos dar sinais disto. Assim Ivo seguiu, e encontrou uma banda de amigos, que ensaiavam no porão de uma casa.

 Os olhos brilharam e Ivo começou a entender os instrumentos e a delinear eles, tentando a bateria primeiro…, mas, ele brinca dizendo, que para tocar bateria, tem que ter oito braços. Nesta hora, foi-lhe apresentado o seu grande amigo e parceiro presente: O Violão.

 Seguiu aprendendo com os amigos os primeiros acordes e logo já se permitiu compor suas primeiras canções… Segundo ele, eram horríveis no olhar de hoje. Perguntei se recordava da primeira música que fez e a resposta, foi:

 “Na verdade, ela nunca foi terminada, um caso sério” e rimos, porque é realmente engraçado como o processo de composição, é o total estado presente, de como um artista está.

 Os Luais, as rodinhas de amigos, eram os primeiros eventos onde Ivo se apresentava, sendo um músico autodidata, mas sempre observando, para aprender mais. Ou seja, era um processo de prazer, porque ele estava descobrindo mais que música, mas a si mesmo na beleza de ser o seu próprio prazer.

 Seguiu tendo bandas, se apresentando nas noites de Santo André – SP, onde reside até hoje.

 Dez anos depois, Ivo entendeu que seu caminho seria diferente e começou a compor suas músicas, para uma carreira solo, sonhando com gravações e passos a frente.

 Mas, para realizações, tudo exige coragem e as vezes renúncias e neste momento, o nosso artista se viu infeliz em um casamento e no emprego que estava… Foi aí, que decidiu dar um giro.

 Largou tudo o que tinha. O relacionamento, o emprego, a casa e assim se deu um processo, para construir um novo caminho, deixando a voz do amor falar mais alto e sanar os medos. Cito uma música de minha autoria, que identifico na história de Ivo:

 “Abrir mão, as vezes é contribuir, com a felicidade aqui”.

 E foi assim, que Ivo pegou a sua Rescisão do contrato, e investiu em seu primeiro EP “Foi um dia desses”, que eu particularmente, me identifiquei muito e até botei nos meus favoritos de suas obras. Porque ali, tem toda essa história de um homem corajoso, que deixou aquilo que já não fazia mais sentido, para ser feliz em suas verdadeiras vocações. Um ser humano, só é feliz, quando consegue primeiro realizar-se! Não é um processo de egoísmo, mas sim, de sobrevivência.

 Este EP reverberou muito bem em Santo André, onde está concentrado o seu público, que canta essas músicas em coro, dando força a escalada de Ivo, para fazer mais.

 Confirmado, que seu caminho seria lindo.

 Ivo seguiu lançando singles, e um Álbum “Raiz Serpente” que estão disponíveis nas plataformas de música. Vale muito a pena conferir. Ivo promete mais:

 “Pretendo seguir”, e logo vem lançamentos por aí, incluindo shows, e paralelo, suas obras de desenhos, que também estão disponíveis em suas redes para apreciarmos e adquirirmos.

 Na sensibilidade, encontramos aqui, um artista profundo, com anseios de contribuir com seus ouvintes. É arte no seu sentido real, na humildade que Ivo empresta suas histórias, dores, amores e felicidade!

 E termina nos deixando uma mensagem:

 “Nunca esqueçam de suas gavetas. Revirem! As vezes esquecemos de coisas importantes de nós, para se encontrar. SE ENCONTREM”.

 Este foi o final da entrevista, mas seguimos batendo um papo delicioso por mais vinte minutos, pela afinidade que tive com Ivo de primeira.

 Abaixo, vocês podem e devem prestigiar as obras de Ivo D, e segui-lo nas redes sociais, para não perder nenhum passo deste artista que luta e contribui, para melhorar o pedaço, chamado mundo.

 IVO D.

QUANTO TEMPO FAZ

 

 UM DIA DESSES

 

MORENA

Por ALTTIN

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