POETAS E POETISAS Labirinto por Bernardo Santos

POETAS E POETISAS Labirinto por Bernardo Santos

Ladeira da escuridão
lamacenta;
lembrança obscura,
lero-lero
lesivo;
linguajar estranho
lisonjeiro,
lôbrego olhar
luzidio.

Ababelado momento
agonia presentemente
agouro no coração
apelo para a fuga,
argumento
atrocidade
avareza
asnático;
abjeção que não acaba.

Baboseira aos montes
baderna incomparável
banditismo
bêbados
biscates
bombardeiros;
burguesia que rompe.

Ignorância dos homens:
imorais,
impertinentes;
injuria grave
intoxicação
invalidez permanente
insolência
insegurança
injustiça com o amor.

Realidade falsa,
recordações que não existem;
recuo
repentino,
repressão
repúdio à morte
resignação
rivalidade
rugido de pena.

Ilusão que perturba
ilustrando a mente,
infidelidade
inferno
ingratidão
inveja no olhar;
imbecilidade
inacessível.

Nascimento condenado
naufrago da sociedade
necedade dos guardiões
nervosismo das mulheres
neutralidade
ninguém…
nostalgia
nublada pela escuridão.

Tempestade de guerras
tentativa fracassada
tirania
tormento
tragédia
trela e receio,
tufão que desabafa
tiritante que chora
tempo que paralisa.

Obsesso
ociosidade
obtusão
ordinarismo
ousadia;
oito ou oitenta?
ofensor do amanhã…
outrora; não era assim
o mundo de hoje.

Por BERNARDO SANTOS
São Caetano do Sul – São Paulo, Brasil

Pular para o conteúdo