A modernidade trouxe inovações tecnológicas, no entanto, fisgou a beleza da simplicidade. Ninguém mais se debruça a contemplar o desabrochar da manhã. Acordar cedo, só se for em busca de dinheiro! Os seres têm se despido da humanidade dia após dia, padecendo, assim, da mórbida nostalgia do amanhã que já se passou ante os olhares inertes dos indivíduos a transbordar uma desastrosa previsibilidade.
Já não somos tão pensantes quanto os nossos ancestrais, porque perdemos muito tempo nas redes sociais enquanto a pobreza de intelecto e a escassez de afeto são vistas como banais. Assim sucede dia após dia enquanto os supostos insanos sufocam na lucidez da ignóbil letargia intrincadamente enredada na rotina. Disparate é questionar a lógica inexata daqueles que se habituaram a nada explicar. Verdades engarrafadas não hão de calar-me!
Por JEANE TERTULIANO – Feminista, Literata e Professora
