PROSA POÉTICA – Autoaceitação

PROSA POÉTICA – Autoaceitação

 Eu ainda sou residência para a timidez de outrora. Meu corpo paralisa por alguns instantes quando a pressão parece demasiado grande para que eu possa suportá-la, entretanto, eu continuo firme, trilhando a minha jornada. Já não me calo por receio de expor o que sinto. Eu gargalho, esbravejo, transbordo emoções o tempo inteiro! Espontaneidade me veste da cabeça aos pés e isso incomoda a muita gente, porém, o meu eu de hoje se importa bem mais com aquilo que eu penso de mim mesma. Ativei o foda-se, cansei de agradar! Quero ser desgosto, ainda assim, vivaz, munida de palavras viscerais e inteira, afinal, eu sou verdadeira na minha crueza. Mulher miúda, mas gigante em astúcia e faminta por sapiência, porque o conhecimento agrega, edifica, liberta, possibilitando a contínua transcendência.

Por JEANE TERTULIANO

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