PROSA POÉTICA – Despertar Particular por Jeane Tertuliano

PROSA POÉTICA – Despertar Particular por Jeane Tertuliano

Eu nunca me senti bem estando em meio a uma multidão. O barulho me deixa agoniada e o calor massivo faz com que uma coceira insana percorra todo o meu corpo. Não sei se isso é normal e não me importo se for fruto de alguma psicose que se entranhou nos confins do meu ser.

Não, eu não sou antissocial. Entretanto, não sou como os tantos que sentem necessidade de ter qualquer tipo de gente por perto para evitar encarar a solidão. Sinceramente? Quanto menos gente, melhor! Menos conflitos, menos gastos, menos tudo aquilo que considero desleixado.

Quando Bukowski disse que as pessoas não eram boas umas para as outras, ele não estava de todo errado. Inclusive, se você tiver bom-senso, compreenderá que as relações humanas tendem a ser demasiado vazias e sustentadas especificamente por interesses insolentes.

Por favor, não me diga que se surpreendeu com esse apontamento óbvio! Chega de falso moralismo, chega de se importar somente com o próprio umbigo!

Não, eu não quero ser perfeita tampouco um exemplo a ser seguido. Quero apenas estar de bem comigo mesma e evitar quaisquer futilidades que deformem o meu intelecto que moldei com tanto esmero! A sinceridade não é vista com bons olhos, e isso, infelizmente, é de praxe, porém, tamanha pequenez jamais silenciará a minha autenticidade.

Por JEANE TERTULIANO

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