PROSA POÉTICA – Os ruídos que impedem a criação por Mari Ventura

PROSA POÉTICA – Os ruídos que impedem a criação por Mari Ventura

O que faz a gente deixar a criação pra depois?

A água pingando na torneira? Um pernilongo cantando no ouvido? Um grilo dentro de uma sacola? A louça suja na pia? O feed do Instagram? Observar a vida do outro  que sempre mais “interessante” que a sua? O livro que você ainda não tem? O notebook que você ainda não comprou? A câmera que você não tem dinheiro para comprar? O famoso “eu não nasci pra isso”? “não tenho dom”? O tempo que não te espera? O relógio do teu patrão? O teu sabotador mental? A tua exigência? A tua condição social? A tua crença limitante? A tua própria pele vestida de medo? O teu modo sobrevivência ativado? A tua fome de estômago e de vida? O teu esgotamento emocional? A tua sede ou a tua inundação?

Se você tem vontade de criar e não consegue, observa os ruídos , de onde vem? Talvez eles virem uma boa canção.

Por MARI VENTURA

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