PROSA POÉTICA – Rotina

PROSA POÉTICA – Rotina

 É vento. É tempo. É sentimento. É momento. Relógio não para. Cidade não dorme. As luzes se apagam. Mas a mente se demora. Cria teorias e paranoias. Inventa histórias. Recria lembranças e memórias. E quando se dá conta é um novo dia.
 O corpo cansado. Olheiras. Dor de cabeça. É mais uma manhã de trabalho do jovem paulista. Correria. Estresse. Céu cinza. Pessoas apressadas que não enxergam nada além de tristeza e conformidade.
 Que triste realidade. A vida passa depressa como os transportes. A tecnologia aproxima mas também distancia. Quem hoje em dia fala olhando nos olhos? Pega ônibus lotado. Metrô lotado.
 Volta pra casa. Banho quente e demorado. Se põe sobre a mesa e escreve que a poesia apesar de tudo isso tem sua beleza. É dura e necessária. Como essa prosa poética que vos apresento nessa terça nublada.

Por Cacá Matos

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