Filme: O Poder e o Impossível
O Poder e o Impossível é um filme que me emocionou bastante. Baseado em fatos reais conta uma história de superação e muita vontade de viver, de realmente não desistir dessa dádiva que é a vida.
O jovem Eric é um atleta profissional de hóquei no gelo, que atravessa uma fase ruim na carreira. Após abandonar a equipe, ele se entrega às drogas e fica longe do esporte. Um dia, para compensar os problemas, decide praticar snowboard numa montanha, mas toma um atalho proibido. Com a chegada de uma nevasca, não consegue mais encontrar o caminho de volta. Perdido, sofrendo com frio, fome, sede e com um ferimento grave na perna, ele deve encontrar forças para sobreviver.
O Poder e o Impossível não tem como proposta uma narrativa sutil. O filme começa com uma narração explicativa de Josh Hartnett e se encerra com um sermão inspirador do verdadeiro Eric LeMarque, que deu origem à história. No meio do caminho, mais explicações: mesmo sozinho, o personagem conversa consigo mesmo em voz alta para o espectador saber o que ele pensa, flashbacks mostram como o pai ausente moldou a sua personalidade problemática.
A história de Lemarque, ocorrida em 2004, não é tão conhecida aqui no Brasil. É interessante ver como o diretor optou muito mais por essa vibe aventureira do que por algo como A Cabana, que é muito mais sobre a força divina atuando em uma pessoa com problemas para se reencontrar.
Em busca do seu caminho, força e fé, Lemarque só tinha a mãe, Susan (Mira Sorvino) como porto seguro. Ela é quem nota a estranha ausência do filho e avisa ao grupo de resgate da estação de esqui.
O diretor também procurou usar muitos recursos interessantes e propícios de serem filmados na neve e correlacionados a uma metáfora óbvia. Eric é constantemente “um pontinho azul na vastidão solitária do branco total”, sempre lembrando o quão sozinho e perdido ele estava.
Em um momento do filme a mãe informa que para se recuperar do vício o filho passará por um programa de doze passos, e depois da experiência de se perder no gelo, o filme faz uma visita a realidade de Eric nos dias de hoje e fica claro que o último passo é inspirar as pessoas a não cometerem os mesmo erros que ele, e é daí que o longa faz mais sentido do que se imagina.
Amei!
Beijos
Por CLAUDIA FAGGI
