Hoje, senti o aroma do perfume
De alguém fundamental, de dois passados:
Eu recordei detalhes sepultados;
Nos corações, porém, um só queixume.
A queixa?! Simplesmente, o forte lume
Do eterno amor aceso em vis pecados,
Pois somos, hoje em dia, os dois, casados,
Sofrendo tal distância, e a dor resume.
O aroma, o qual senti, provém das flores
Que jorram ao nascer das primaveras…
Por isso que sentimos tais temores.
Pois foram para nós fatais quimeras,
Dois jovens, entre os sonhos multicores,
No enlace de um amor além das eras.
Por DOUGLAS ALFONSO
Benevides/PA