O desgaste da dor não cede dó
Por exalos salgados entre espinhos
Esse cálice encheu-se de respingos
E um vazio renasce como mor
A simbiose do sangue e suor
Dá ao tonto achar que vem d’água pro vinho
De reles incolor a brilho tinto
Sem ver a força que desfaz um nó
“Cálice”, enunciado deve ser
Aos aversivos, que o elixir cobiçam
Pois desejam sulgar o seu poder
De nada, os sulgadores não sabiam
Dessa essência da qual foram beber
Exala lições, que eles regurgitam
Por GUILHERME MARQUES
Vacaria, RS, Brasil