Os olhos marejados, no horizonte
Avistam um fulgor monumental,
Que afasta, do viver, o dia mau
E frente ao arrebol, fremente a fronte;
Percebo a pequenez de ser mortal
Então, que o assoviar do vento conte
Que, mesmo co’a maldade em simbionte,
Podemos nos tornar, da terra, o sal.
O céu que colorido se engrandece,
Figura em esplendor extasiante,
Então a natureza adorna a prece.
Acalmo-me no cerne, mediante
O belo que o divino magno tece;
Criando a ligação – etéreo e errante!
Por EUFRASIO FILHO
Fortaleza/CE