O poema faz o pensamento cantar.
O pensamento ao sair da sombra, dança ao ouvir o
canto poético?
O poeta é aquele que dança
ou
é o que faz dançar?
Nem um,
nem outro.
É aquele que pergunta ou o que responde?
Nem um,
nem outro.
A dança passa por ele que a transforma em palavras.
Palavras são músicas ouvidas pelo pensamento.
(Concordamos que o coração pensa.)
A sensação da dança bem vivida é eterna.
Mesmo no silêncio advindo pelo esquecimento.
As sensações, impressões,
fixam as marcas na bagagem da experiência vivida.
Poesia não é nem sim nem não.
Não é nem bem nem mal.
É encanto
É desencanto
É unidade
É a l m a n i d a d e !
No pensamento (castelo a céu aberto)
o baile começa com as letras em fila,
as ideias em cirandas,
as opiniões se movimentam agrupadas
e se entrelaçam
no campo mental da humanidade.
As palavras festejam voluptuosas!
Combinam, transfiguram, fantasiam, iluminam ou
suprimem –se.
Rimam ou desabrocham na liberdade do fluxo do
poeta.
Simples jardineiro
Plantador de intenções incandescentes.
Marcas de ferro em brasa
No universal coletivo
Estado de consciência melhorada.
Por THOMAZ GOMIDE