Seu cheiro, sua pele, sua carne emergindo na minha quando colada, me faz adentrar nos teus calabouços que de ti jorra as profundezas que mergulho, louca, apaixonada, por fazer amor com tua pele, onde o teu corpo é um labirinto que percorro com calma, como desbravadora do mapa da tua configuração humana, feminina, mulher, e chegando ao ápice de ouvir gemidos, sussurros, adentrando aqui, onde te toco com a língua por cada entrada, e com a boca abro os teus invernos, transformando
em calor no verão que se transforma no cenário do palco que é nossa cama, mas se desejas te amarei no chão, me derramando cheia de mim e te sentindo se misturar demasiadamente doce, se lambuzando os meus fluidos.
Seu cheiro, seu gosto, me torturam, seu corpo me aprisiona e eu, te lambo de cima a baixo como fosse abrindo as prisões das grades do teu corpo, te entregando a liberdade para se perder, se esfregando em minhas coxas, tocando, diluindo, nos inundando, sentindo que nossas rupturas se colem como dois ímãs, trocando sinais, decifrando segredos silenciosos.
Te como com todo o anseio que o meu corpo implora, com minha língua dura, quente, cálida.
Sou refém do teu corpo, de teus seios que me alimento, onde a ponta da minha língua toca.
Te chupo toda a carne, te beijo com todo o desejo. A chama ardente te faz abrir todas as tuas alas e misturamos em um só corpo.
Nossos sentimentos são líquidos, e eu fragmentada me quebro gozando em súplicas que me procure por dentro, aqui, bem aqui, onde sou uma explosão.
Quero me derramar inteira dentro da tua boca, escorrer o meu pólen da minha flor aberta.
Tremes em mim, enquanto o meu corpo te recebe, te liberta e te acalma.
Por TÔNIA LAVÍNIA