Continuação…
A dança dos corpos ao ritmo do desejo e da luxúria continua.
Está quente e úmido, o fogo incendeia nossos corpos, o único frescor que tenho é da seda, já toda embolada em baixo de mim.
Não sei o que me deixa mais louca, se o peso do seu corpo pressionando o meu, se teus ombros e braços fortes que me mantém no lugar ou se é a tua boca, que encobre a minha, tomando para si todos os meus gemidos.
Minhas mãos estão espalmadas em suas costas trabalhadas e bem definidas, o vai e vem constante e delicioso de seus quadris não para nem por um segundo sequer, sinto os seus tremores e sei que quer se libertar em mim, mas és um cavalheiro e não chegará ao destino final antes da dama em sua posse.
Ainda me penetrando, se inclina um pouco até que sua boca faminta encontra um mamilo sensível, seu braço e mão esquerda ainda me mantém firme no lugar, mas a mão direita atormenta o outro mamilo enrijecido com pequenos beliscões.
Agora que estou com a minha boca livre, posso em fim gemer o quanto quiser, quero gritar para que todos saibam o quanto amo fazer amor com esse homem.
Tento em vão inclinar meu corpo em sua direção, deixar a fricção ainda mais próxima, mas o atrito entre nossos corpos já chegou ao seu limite máximo, estou em combustão, quero me derreter ali mesmo, naquele quarto de hotel.
Sentindo minha pelve se inclinar, meus espasmos se aproximarem e minhas entranhas lhe contraindo delicadamente, ele acelera os movimentos, que agora estão mais precisos.
Deixa meus seios de lado e quase rosnando me manda abrir os olhos, que a muito estavam fechados.
_Olhe para mim quando estiver gozando, que ver o prazer em seus olhos.
Não é um pedido, mas uma ordem, que obedeço com grande satisfação.
Sinto algo crescer em meu ventre novamente, dessa vez mais forte e com mais intensidade, meus olhos verdes brilham em sua direção.
Cada estocada é mais firme que a anterior, não consigo mais me controlar, então deixo meu corpo finalmente ser guiado ao ápice do prazer intenso.
Como se chegasse aos céus em questão de segundos, atinjo o ponto máximo do deleite, molhada e suada não consigo reprimir meus gemidos, que por ora já se transformaram em gritos, acompanhando a pulsação das minhas veias e do meu coração.
Com um olhar satisfeito deixa escapar um leve sorriso no canto da boca, fica feliz em me provocar dessa maneira, gosta quando perco o controle e a compostura, me deixando ser levada pelas sensações e desejos.
E em um último movimento brusco e rígido e um som vindo do fundo de sua garganta ele se derrama em mim, sinto sua essência quente e espessa escorrer por entre minhas pernas.
Minha boca sedente pede por uma taça de vinho.
Boa parte de seu peso está suspenso pelos braços, mas nesse momento deixa tudo cair sobre mim, por um segundo não consigo respirar.
Ele se coloca ao meu lado e me leva junto contigo, deito a cabeça em seu peitoral, aos poucos recuperando o fôlego, as batidas normalizando, mas ainda sinto minhas bochechas pegando fogo. Com uma mão suave e gentil, tira uma mecha de cabelo do meu rosto, sei que estou descabelada, mas ele não se importa.
Como de costume, começo a fazer lhe um cafuné bem preguiçoso, o que antes era uma fera agora parece um gatinho, nossos pés se tocam a todo instante, sua mão alisa meu ombro.
Sinto a paz e a leveza desse momento de calmaria e aconchego, fecho os olhos e logo pegarei no sono, sentindo seu cheiro, sentindo teu calor e ainda o teu sabor.
FIM
Por CARLA GARCIA