Uma deusa há, só, que não vive bem
Porém um bem maior busca encontrar
Ao estranho recebe, que vem de além
Em suas viagens feita em alto mar
Um banquete, por ela, lhe é ofertado
Manjar, vinho, coração é repouso
Eis um altar a ser habitado
Por um viajor que não acha pouso
Mas quem parte, um dia, há de voltar
Uma incerteza da moça se apossa
Temor que pressente: não vai ficar
Então a tristeza, porém, a ela acossa
Haja amor incerto a lhe perturbar
Grande amor que sente: desacossa
Por ENOQUE BARBOSA DA SILVA
Recife – Pernambuco, Brasil