“Meu corpo te lembra, entre meus dedos”
Eu e meus dedos, sozinha, na madrugada de chuva, com meu corpo frio, e minha vulva em chamas, molhando os lençóis quando sinto a necessidade de que ele venha, para beber do meu corpo.
Sou eu em gemidos sufocados em minha boca, onde a garrafa de vinho vai me acompanhar.
Me lembro dele, me queimando nua, implorando pela boca dele em meus caules molhados, para que me acalme enquanto eu tombo a minha cabeça para trás, o sentindo dentro das minhas páginas intimas, apertando o tecido, com a sua língua por cima da minha calcinha, com meus seios dançando de um lado para o outro, revelando minhas partes desejosas de o sentir, no fundo dos meus calabouços solitários.
Com a renda da pequena camisola fina que desnuda parte das minhas coxas, suas mãos me libertam, me deixando nua.
Sou eu na noite, escorrendo de desejo, o imaginando, excitada, me expondo, sem roupa, tremendo em cima dos meus dedos, fervendo em meu sexo, arrepiada, louca para que ele chegue e destranque a porta, e me beije a boca com gosto de vinho, e meu corpo cheirando a volúpia de uma tara que não passa.
Molhada, em um tesão que o espera…
Beber de mim.
Por TÔNIA LAVÍNIA