Sabe aquele tipo de artista, que sobe no palco e consegue contagiar todo mundo? De repente, logo nos primeiros acordes, gente de cara “feia” sorri e levanta pra dançar. Dentre duas ou três músicas, o lugar vazio começa a lotar, porque a música dele chama! Chama as pessoas na alegria e no carisma que ele imprime. Eu presenciei isto pessoalmente e também não consegui ficar parado!
Alison, é o tipo de cara positivo, que tem como objetivo proporcionar esses momentos prazerosos, através do que canta.
O que move sua arte, é o sonho, que ele concretiza, dizendo para as pessoas, que se ele pode, elas também podem. Deixar as obras, para reverberar por aí, mudando sentimentos e humores, trazendo leveza! E recentemente, descobrindo a paternidade, ter a certeza, de que o seu filho, também vai entender o que é a luta e o fruto da realização, já que nossos filhos, tem como primeira referência, os seus pais. Já dizia Renato Russo!
Seu primeiro contato com a música, foi na igreja católica. Sua família frequenta e o levava para as missas. Lá, ele via uma senhora simples, tocando órgão e fazendo vozes, com muita beleza. E ali, ele sentiu a primeira emoção, através das vibrações sonoras. Dona Hercília, a senhora, foi o seu primeiro ídolo… o que eu particularmente acho muito bonito, porque era algo muito próximo, palpável, antes de se inspirar em artistas que estavam nas caixas de som.
Sua família veio do Maranhão, para construir a vida na cidade grande e se instalou na região da Brasilândia aqui em São Paulo.
A Mãe, sempre muito musical, cantando, tocando violão, foi empregada em uma escola de música, com a missão de corrigir partituras.
Alison, bebezinho, resolveu “comer música”, porque mordia o violão de sua mãe, deixando a marca dos dentinhos, que é possível enxergar até hoje. Brinquei dizendo que pelo estômago, a música já tinha pego ele.
Seu Pai, sempre um grande incentivador. Não pensou duas vezes quando viu o interesse do filho pelo instrumento, pegou um décimo terceiro e foi até as “Casas Bahia” comprar um que fosse dele. Ali tudo começou no companheirismo, de uma presença cativa do violão, que é quase uma extensão de Alison.
Foi arriscando os primeiros acordes, e recebendo incentivo, seu pai dizia:
“Alison, quer ganhar dez reais? Aprende uma nota hoje… e dobrando… que ganhar vinte, aprenda mais duas notas”. Rindo muito, Alison brinca que hoje o pai dele deve uma casa.
Sr. Pai do Alison, ele já sabe todas com muito primor, incluindo as dissonantes que podem valer cem, por serem difíceis.
Já sabendo alguns acordes, Alison se aproximou daquela senhora da igreja e foi abraçado por ela, integrando o grupo que tocava nas missas e aprendeu mais. Com o talento de dona Hercília, para fazer segundas vozes, incentivado, começou a entender as linhas vocais, para cantar junto também. Pronto, nascia o cantor!
Alison, gostava de tocar para os amigos e se tornou o típico “cara popular do violão” na escola, que era muito comum nos anos 90. Ganhava as meninas e a admiração dos meninos, fazendo a alegria de todo mundo. Dá pra entender, porque seus shows hoje em dia, são assim… já era um exercício.
Começou a compor na malandragem, de escrever poemas para suas primeiras paixões, e musicá-los, para despejar o seu charme.
Se aliou a um amigo que tocava teclado, e subia os morros da favela para ir a casa de seu companheiro musical, com o violão enrolado em um lençol. Diz ele, que parecia um bombom gigante. É amor né? Não tinha morro que o parasse, e assim foi.
Fez o seu primeiro show em um bar, a convite de um amigo, Marcos França, que marca a vida de Alison, introduzindo o artista na noite, para que todos descobrissem o seu talento… o primeiro cachê – trinta reais, que se foi no investimento de créditos para o seu bilhete único (cartão de transporte público em São Paulo). Com isto, é importante lembrar, que todo mundo precisa ter um começo e as vezes, se dispor a estar mesmo ganhando pouco, significa que você pode ser visto, lembrado, até que o justo comece a vir pelo que merece.
Na mesma força, montou bandas, participou de festivais… seguiu sua trajetória como músico base de bandas de baile, samba, reggae, MPB, forró, rock, e tudo mais, se tornando um artista versátil.
Sua menina dos olhos, era uma banda de forró que montou com amigos, e que fez bastante barulho nas regiões, fazendo com que eles ficassem conhecidos. As pessoas tinham presença cativa nos shows. Mas, infelizmente a banda acabou e Alison entendeu que precisava encontrar um novo caminho.
Tornar-se um artista solo, não é fácil por diversas coisas. Primeiro que sozinho, você não tem contribuição de pensamentos e criatividades unidas a de outros. E se entender como artista assim, é um desafio gigante!
Mas Alison, foi lá e investiu na sua proposta e ideal de vida, que brotou em uma experiencia espiritual, durante um retiro, que rendeu sua composição de estreia, “Acreditar”.
Foi compondo mais músicas, com letras de mensagens positivas e otimismo. Quando brotou uma grana de um emprego que não deu certo, ele investiu na produção do seu primeiro disco “É só acreditar”, que contou com a produção e colaboração de muita gente potente na música.
O álbum lançado em 2021, está disponível nas plataformas de música, e eu particularmente, gosto muito das letras, que me movem a uma leveza, dentre a versatilidade musical dos arranjos e a voz agradável, em timbre contagiante de Alison.
Recente, seu último trabalho lançado “Bom dia” um single, que marca uma mudança na sua trajetória, e conta um pedaço da vida dele, em um Pop delicioso.
O clipe, está aqui nas mídias logo abaixo.
É maravilhoso, conhecer e estar diante de um artista, que além de talento, se preocupa em deixar um pensamento, fazendo com que as pessoas se movam a serem melhores para elas mesmas. Sendo ele, um homem que venceu muitas coisas em um processo pessoal, diz algo para os leitores:
“Se você acredita, FAZ. Se o que está dentro do teu coração é teu e é bom, não deixe ninguém te parar. Vai até o fim, que a sua hora vai chegar… O caminho é difícil, mas nunca compare a sua jornada com a de alguém. Referência é diferente de comparação! Se inspire no que é certo e traga para sua realidade”
E assim se faz um artista autêntico. Com a observação da escuta e sem medo de se arriscar e expor tudo o que acredita.
A Arte, pode ser leve, mas ao mesmo tempo, a leveza pode imprimir, o visceral.
E assim, terminamos a entrevista, com amor e gratidão mútua, enquanto Alison, jantava, depois de um dia de trabalho cheio e mesmo assim, de olhos cansados, e já com a voz lenta, nosso artista parou pra falar comigo e nos deixar este conteúdo belo.
Apreciem e prestigiem as obras de Alisson Wendell e sigam nas redes sociais (logo abaixo) para sempre se manterem atualizados e ver mais de perto, que ele é essa verdade toda que escrevo aqui.
ALISSON WENDELL
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Por ALTTIN