Eu sou um poeta caduco
De um tempo imemorial,
De há muito perdido,
Mas de tão nobre ideal.
Perdido no tempo,
Liberto do espaço,
Passo do soneto
Ao moderno traço.
Vou e volto, re-volto,
Não prendo a padrão
Movido pelo coração
Destilo amor e fé
Busco novo mundo
Que não seja i-mundo,
Onde, se houver maluco,
Seja como eu – caduco!
Neste mundo já caduco
Mal-acostumado,
Alienado,
Mal-amado,
De ideal descolorido,
Sou um poeta maluco,
Da vida amante,
Sempre valente,
Do bem prevalente,
De ideal revestido.
Por EDILSON BARROS
Rio de Janeiro – RJ, BRASIL