Vi na ausência fria
Cores que não conhecia
Talvez fosses tu
A escuridão em minha luz do dia.
Achei ser amor o vício que sentia
Era pura dependência o sonho que vivia
Eram doloridas farpas
Os angelicais sons que saiam das harpas.
A presença limitante
Era cáustica, excruciante
Asfixia de uma alma errante
Em busca de um tesouro perdido
Há muito escondido
No próprio peito ferido.
Sem rumo, sem direção
Toda saída gerava conflitante objeção
Com certeza não era luz
O lancinante chicotear do coração
Era a mais terrível escravidão.
As cores que não conhecia
Reconheço agora que são minhas
Depois da tempestade
Reconheço minha a realidade
Brilha o sol mais uma vez.
Por PEDRO GARRIDO
São Gonçalo – Rio de Janeiro, Brasil