Quem te viu, quem te vê.
Quem te ouviu, quem te ouve.
Quem te leu, quem te lê.
E apesar de você no cotidiano,
nunca desistiu de nobre construção.
Por que será?
Canções, livros, peças
que sensibilizaram ouvidos, olhos
fizeram sorrir, chorar, refletir
seus pedaços, de nós, de mim;
a jogar pedras na Geni e voar de Zepelim.
Assim, meu caro amigo Chico
quero lhe encontrar na Vila Buarque,
ou mesmo em Holanda
para nos bastidores da roda viva
cantarmos juntos o cio da terra
e fofocarmos sobre João e Maria do Brasil.
Agora, falando sério;
chega de mágoa, chega de saudade…
Estou à toa na vida
esperando a banda passar;
enquanto isto,
vou escrevendo estes humildes versos
com açúcar e afeto
em homenagem ao malandro.
Imagina só…
Logo eu?
Que nem poeta sou!
Por BERNARDO SANTOS
São Caetano do Sul – SP, Brasil