A arte é palavra bélica
Que guerreia no embate cara a cara,
Hermética
Lavra a alma, semeia amor e sara
É a palavra sem som, mas tátil
Que se ergue no vazio, frágil
Ecoa, ágil
Marcial
Invisível, mas real
A arte é a liberdade inventada
Metade do nada
A arte é ira, desassossego que se expressa
Sem gritar
É mentira bela, não se esqueça
Que deliberada se entrega e não se permite negar
Ah! A Arte
É arbítrio livre
Pintar de olhos fechados
O que o coração “abstrata”
Tudo que na vida não encontra trégua
Pela arte se retrata.
Abençoados somos nós
Por ter nascido da poesia nata,
Da arte do dito, do narrado,
Do amor incondicional, delicado,
Do pensar que não conhece o pecado.
Por MARCOS ANDRÉ
Astrakhan, Rússia