Na mesma condição prossigo e choro
em pranto desmedido, que tristeza!
Pois não possuo mala, nem certeza
se tenho que viver, apenas óro.
Aos céus, as duas mãos… assim imploro…
rogando por clemência, na incerteza,
se vale a pena ter qualquer pureza,
Mas Deus me diz que sim, ao Pai adoro…
E deixo para trás as dores puras,
não vale mais viver com amarguras,
sem ter propósito, sem ter abrigo.
Na casa, sem paredes, onde estou,
sofri bastante, mas a fé mudou,
a solitária vida de um mendigo.
Por DOUGLAS ALFONSO
Benevides/PA