Paciência, meu amor, a noite mal começa,
E não conheces, não, a minha geografia,
Sinal que trago em mim, que aos poucos denuncia
A força da paixão na flor da pele impressa.
E deixa as cegas mãos a deslizar sem pressa,
No vale de meu ventre, em sua cercania,
Por entre os seios meus, de leve acaricia,
aprende a ler meu corpo – ainda uma promessa.
As curvas de meu rio, explora devagar,
E vê no leito azul, onde reside o sonho,
Cardumes a subir as ondas do desejo.
Que as tuas duas mãos aprendam decifrar
Caminhos que tracei, no mapa que te exponho,
Que levam ao prazer, sem ter limites, pejo.
Por EDIR PINA DE BARROS
Brasília/DF