Ao sabor da chuva,
Desenho teu retrato em minhas retinas,
Na incerteza dos ventos
A brotar escritas a nanquim
Em espirais de sombras entrelaçadas.
Neste verão em que alimento meu repertório,
Um cheiro de maresia invade as lembranças,
Rastros “in concert” da lua dos amantes,
Acendendo o farol da esperança
No templo de Eros e Vênus.
Outros mapas surgem no horizonte…
Preces sopradas no balanço das velas
Fazem fantasmas se recolherem na escrivaninha.
As linhas divinas riscam os céus
Imortalizando meus rascunhos.
Apagaram-se as lágrimas da estrada!
Por RITA QUEIROZ
Salvador – Bahia, Brasil