assim se poetiza uma amizade
as retinas se enchem de um rosto amigo
mesmo que ele não esteja perto
basta apenas a memória de uma saudade
daí você lembra daquele coração amigo
e sente um sorriso explodir no coração
sim fausto meu amigo é assim que me lembro de ti
de peito arfante e abraçado a um violão
poetizar uma amizade é muito fácil
quando o amigo de todos se faz irmão
faustineastes em todos os lugares
tatuastes o nome fausto em cada coração
seresteiro dos bares e mil lugares
de mamando a caducando quem nunca faustineou?
quem conseguiu se fazer de rogado
desafio quem ouviu fausto ao menos uma vez e não se emocionou
quem não churrasqueou ouvindo o fausto
perdeu ali metade das coisas boas de vida
na verdade me perdoem
esse nunca churrasqueou
poetizar um poeta cantor e seresteiro é brincar de ciranda
é dar as mãos para felicidade e bailar
é juntar o sorriso com a gargalhada
é apresentar para o mundo as mil formas de amar
difícil é esquecer as histórias mais loucas já contadas
bota de concreto depois do susto até vira piada
difícil é não encontrar quem inventou a distância
será que ele não teve amigo talvez não teve infância
poetizar uma amizade é assim
você constrói um abrigo dentro si
fausto pereira degani
você mora dentro de mim
Por MARCELO PAPARELI
Santo André – SP, Brasil