Somente vestida com a minha nudez, entre um gole e outro, eu me encontro em
minha fingida calma.
Na saudade estou molhada, meus pensamentos vasculham o meu interior, todas as velas de minhas coxas estão acessas, as aperto, meu corpo está disposto e minha alma em perdição.
Meu desejo se torna calor, escorrendo, me tornando águas brancas e cintilantes.
O vinho mexe com meus sentidos, meu clitóris se apresenta róseo e meus seios endurecidos chamam…
Minhas bordas se encharcam e úmidas, tremendo de saudade, molham descendo por
minhas coxas onde o chão espera. Meus cabelos em ondas se molham, minha boca anseia por teus lábios vermelhos, desesperados por me fazer mulher.
Me rendo a garrafa de bebida bordô, esvazio a taça enchendo meu corpo de desejos.
A saudade me consome, e eu latejo nas pontas dos meus dedos em acordes cansados, da tua… espera.
Por TÔNIA LAVÍNIA