Olhando pelas vidraças da janela do ônibus urbano.
Viagens abandonadas na reminiscência.
Na minha opinião, parece que as coisas podem piorar.
No entanto, é a minha desconfortável sensação de preocupação.
Minha imagem espelhada eternamente ecoando instâncias comuns.
Sonhar acordado é o que faz sentido, mas havia dito pra mim mesmo algumas vezes.
A roda gigante continua girando e girando.
Dentro de um parque, desprovido de presença humana.
Sobre um carrossel sem cavalos que gira no escuro.
Tenho tendência a me perder em meio ao intangível.
Eu me encontro preso no reino do faz-de-conta.
Frequentemente, me pego vagando distraidamente pelo reino dos devaneios.
Num amor que vai além da vastidão do mar.
Isso me leva para o horizonte distante, apenas para me trazer de volta à costa.
Por DEIVID LIMA
Sapucaia do Sul – Rio Grande do Sul, Brasil