Encontro-me inspirada para escrever essa pesquisa literária sobre questões importantes da Cultura Milenar Chinesa, na 25ª edição da Revista Internacional The Bard. Nada melhor do que aproveitar para agradecer, com a palavra gratidão, tudo que faz parte da nossa chama viva de viver enquanto escritora. A palavra gratidão é derivada do latim “gratus”, que pode ser traduzida como agradecido, ou “gratia”, que tem o mesmo sentido das palavras “graça”, “bênção e dádiva”. Sendo assim, “gratidão” significa o reconhecimento das coisas boas que existem na vida.
O que pode ser bom? A beleza humana, a chuva de uma noite de verão, os mistérios do mundo ocidental, um reaprender a China de hoje e seu pragmatismo.
Parece que as semelhanças entre o antigo e o contemporâneo são, destaques quanto suas diferenças, pois podemos observar que pessoas de épocas diferentes tinham a necessidade de reafirmar, continuamente, os velhos conhecimentos, utilizando sua própria linguagem e usando exemplos atuais.
A vida é surpreendente cultivada por metáforas e verdades, tristezas e incredulidades, alegrias e propulsão. Dois terços da população chinesa ainda vivem nas regiões rurais, em fazendas de agricultores, segundo tradições tribais nas regiões rurais onde a sobrevivência depende da cooperação e da harmonia do grupo. Em síntese destacamos uma das características da raiz cultural chinesa” onde o essencial para os chineses, é o coletivismo”.
Sou grata, por tantas horas silenciosas ou ritmadas por nossas descobertas orquestrados e fortificadas, pelo vigor da pesquisa, um ápice virginal, que nos faz sentir gratidões nascidas nos nossos costumes de buscarmos conhecimentos.
Caminhamos juntos caros leitores, levando nossos pensamentos, nossas descobertas nos movimentando para o desenvolvimento pessoal e mental, por meio da educação e da pesquisa. Os ensinamentos de “Confúcio” ensinavam que as pessoas eram semelhantes ao nascer, depois em seus desenvolvimentos são resultados das experiências pessoais e da moldagem social ou cultural. Portanto, enfatizava a importância da educação no destino de cada um.
São tantos olhares tecidos por mim, em busca, de sabedorias com vozes que se ampliem, nessa viagem literária. Cada conteúdo aqui apresentado, está baseado na pesquisa teórica discutida nessa coluna, como principal protagonista os conhecimentos sobre: Confúcio; Confucionismo; Aprendizagem; Resiliência, contexto social e coletivo. Destacamos a seguir, uma breve reflexão.
O Bambu chinês
Depois de plantada a semente do bambu chinês, não se vê nada por aproximadamente 5 anos – exceto um diminuto broto. Todo o crescimento é subterrâneo; uma complexa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra, está sendo construída. Então, ao final do 5º ano, o bambu chinês cresce até atingir a altura de 25 metros.
Muitas coisas na vida pessoal e profissional são iguais ao bambu chinês. Você trabalha, investe tempo, esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento e, às vezes, não vê nada por semanas, meses ou anos. Mas, se tiver paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu 5º ano chegará; com ele virão mudanças que você jamais esperava.
Lembre-se que é preciso muita ousadia para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita profundidade para agarrar-se ao chão.
(Paulo Coelho. https://www.pensador.com/poesia_chines_de_amor/)
Gratidão pela oportunidade!
Gratidão por sua leitura!
Confúcio. Ensinamentos e legados
Por Stella Gaspar
Imagem de Bossarte por Pixabay
Confúcio, nascido entre 552 a.C. e 489 a.C. foi um pensador e filósofo chinês do período das primaveras e outonos. Um dos personagens mais importantes na história da China, centrou-se no estudo da natureza humana, na educação, no desenvolvimento pessoal e nas relações interpessoais. A filosofia de Confúcio sublinhava uma “moralidade pessoal e governamental, os procedimentos corretos nas relações sociais, a justiça e a sinceridade”. Ele é tido como um dos principais filósofos Chineses de todo o Oriente. Confúcio fora contemporâneo de Buda (criador do Budismo) e de Lao-Tsé (fundador do Taoismo). Faleceu aos 72 anos de idade, deixando mais de 3000 discípulos formados.
Estudou história e arqueologia até tornar-se professor. As influências de sua filosofia foram “Lao Tzu”, o “Taoísmo” e “Küng Fu-Tzu”. Apesar disso seguiu um caminho diferente, sem se apegar à assuntos como os relacionados aos pós vida. Seus ensinamentos eram mais centrados em melhorar a relação entre as pessoas. “Quem não sabe o que é a vida, como poderá saber o que é a morte?” – Dizia em um de seus aforismos. A carreira de Confúcio tomou uma nova direção, quando se tornou filósofo da corte. Com este título, tentava fazer com que os governantes chineses dessem bons exemplos a serem seguidos pela sociedade. Para ele, um bom governo começava com a “virtude interior”, que faria com que os líderes ganhassem o respeito dos comandados, desaprovando qualquer tipo de tirania. Mantinha a ideologia de que o Estado existia para beneficiar a população. Era um homem muito inteligente e desde cedo, desenvolveu o poder de ensinar pessoas de todas as classes sociais e por isso, ele dizia: “Armazenar conhecimento em silêncio, permanecer para sempre faminto de aprendizagem, ensinar os outros sem se cansar – tudo isso é natural para mim”. (Analectos. Cap.7.2, Pg.33).
Os chineses procuram cumprir suas obrigações por meio da obediência e do respeito total à autoridade formal. Eles enfatizam os relacionamentos verticais, submetem-se à hierarquia e não se arriscam a ofender um superior, atropelando a cadeia de comando para resolver seus problemas. Eles se consideram fieis defensores dos protocolos corretos de conduta interpessoal, prescritos claramente nos princípios de Confúcio. Seus ensinamentos reproduzem as antigas lições de como motivar seus seguidores por meio de uma boa gestão, como saber usar o poder com respeito, bons exemplos pessoais.
Além do confucionismo, outras filosofias têm também uma influência importante na vida chinesa, como o taoísmo e o zen-budismo. O taoísmo ensina a existência de opostos em todas as coisas da natureza (ying e yang) e a importância da sua integração e equilíbrio para trilhar o caminho. E o zen-budismo ensina a autorreflexão e o despertar consciente dos recursos inconscientes, conhecido como iluminação.
Os princípios dos ensinamentos de Confúcio
- A estabilidade da sociedade.
- A família como sendo o protótipo e a célula de toda organização social.
- O comportamento virtuoso em relação aos outros, consiste em você não os tratar do modo como você não gostaria que os outros o tratassem.
Princípios de importância e que atende vários objetivos. Podemos ser seguidores de todos eles. Cada pessoa possui uma identidade, um lugar de origem, ou etnia, somos seres de complexidades, ao mesmo tempo únicos e plurais. A nossa história é cheia de fortes emoções impregnadas de vitórias, decepções e glórias, como também de lutos. O importante para “Confúcio” em todo seu legado, diz respeito a ordem, ao respeito e a hierarquia existente. A harmonia é obtida pela “regra de ouro”: “não faça ao outro o que não quer que façam com você”. Os chineses evitam confrontos. Profundamente preocupado com o constante estado de guerra que imperava na china da sua época, “Confúcio” tentava ensinar aos governantes e reis a melhorarem a si mesmos e a buscarem a estabilidade de seus governos nos princípios de respeito hierárquico, de justiça e de harmonia social. (Apud Chung, p.88, 2005).
Confúcio considerava a família a célula-chave da sociedade, na qual as virtudes deveriam ser cultivadas em benefício dela. Seu objetivo era educar as pessoas para amar a verdade, o bem e a generosidade, proteger a família e manter boas maneiras sociais.
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O Confucionismo
Acredita na busca pela harmonia da vida e do mundo, o Tao. Sendo assim, os seres humanos são estruturados por quatro dimensões: “o eu, a comunidade, a natureza e o céu”. O Confucionismo, não é propriamente uma religião, mas uma doutrina baseada no sistema filosófico do chinês Confúcio (Kung-Fu-Tzu), durante o século VI a.C. Nesse período foi estabelecido um elaborado sistema de moral, social, político, religioso e de ensino, baseado nas antigas tradições chinesas e, ao mesmo tempo, inovadores em termos de racionalismo. Segundo o qual todo ser humano teria a inteligência necessária para modificar meios e os fins de sua existência ao transformar as condições arbitrárias surgidas na vida. Uma resiliência essencial, nas fragilidades diante do sentimento de viver e ser em um mundo incerto. A resiliência é uma qualidade vital que precisa ser estimulada, tanto em crianças quanto em adultos, sabendo lidar melhor com a incerteza e a dificuldade.
Vale destacar que a humanidade é o pilar central do Confucionismo. Nela, se acredita que todos nós humanos somos naturalmente bons, sendo a educação o fator primordial que irá determinar a condição humana. Destacamos a aprendizagem não como uma atividade homogênea. Ela ocorre de muitas formas e dimensões diferentes. E estas começam a aparecer em estágios do desenvolvimento. Aprender a aprender é uma forma importante de estar como aprendizes no mundo. Portanto, enquanto doutrina, o Confucionismo irá conciliar a natureza humana com teorias políticas e sociais, o que o torna uma doutrina prescritiva do bem viver. Por fim, vale ressaltar que o Confucionismo sofreu a concorrência de outras correntes de pensamento na China durante os anos 400 a.C. – 200 a.C., como o Budismo e Taoismo. Todavia, o Confucionismo prevaleceu como doutrina oficial do Estado Chinês por dezenas de séculos.
Confúcio definiu cinco tipos de relacionamentos fundamentais entre:
- Chefe e subalterno
- Marido e esposa
- Pais e filhos
- Irmão mais velho e os mais novos
- Amigos mais velhos com os mais novos.
A obediência adequada à hierarquia e seus diferentes códigos de conduta específica de relacionamento garantiram a harmonia social; ou seja, um antídoto às guerras civis e violências comuns da época de Confúcio. A sociedade chinesa vivia sob o sistema de castas, apoiado pelo confucionismo até a tomada do poder pelos comunistas. No controle, o Partido Comunista anulou a hierarquia tradicional e determinou o fim das classes, que embora seja proibido, é vivido ideologicamente pelos chineses. O sistema de castas chinês coloca no topo do sistema os estudiosos. Os agricultores, artesãos, comerciantes e soldados vêm depois. Na tentativa de impor a mobilidade social, as famílias investiam na educação do filho mais velho.
Segundo Gaarder (2001, p.86) o termo confucionismo abrange uma série de ideias filosóficas e políticas que formavam os pilares do governo e da burocracia da China imperial, muito embora a ética confucionista também permeasse em amplas camadas da população chinesa. O que se destaca na doutrina de Confúcio é a importância dada à ética dos relacionamentos humanos, o interesse pelas questões sociais reais, exemplificado no papel do indivíduo na sociedade e as regras básicas de conduta, levando com isso, a demonstrar que seu interesse por essas questões eram maiores do que pelas questões religiosas e da metafísica, como descreve nesse trecho: “Um homem sem humanidade não poderia viver por muito tempo na adversidade nem poderia conhecer a alegria por muito tempo. Um homem bom apoia-se em sua humanidade, um homem sábio beneficia-se de sua humanidade”
(Analectos, cap.4. 2, p.16).
A educação confuciana
Aberta para todos, sem exceção, ricos e pobres, nobres e plebeus. Acreditava que a realização intelectual era apenas um meio para o autodesenvolvimento ético. O importante não era a pessoa acumular informações técnicas e habilidades especializadas, mas desenvolver sua própria humanidade. “Educação não se refere a ter, mas, a ser”. A humanidade acima de tudo, como estar em um estado poético, com felicidade. Todos nós humanos possuímos uma dimensão de comportamento poético com a grande aspiração humana que é realizar-se individualmente ou em uma vivência coletiva. Uma poesia da vida. ‘Nessa perspectiva, a aprendizagem não é fundamentalmente intelectual. Aprendemos muitos tipos de coisas diferentes, acumulamos experiências e informações transformadas, aprendemos novas preferências. Afinal, aprendemos ao longo da vida.
O Novo Confucionismo defende a tolerância igualmente os antigos confucianos, mas tem uma nova percepção dos limites pessoais e da necessidade da educação, aperfeiçoando cada vez mais o próprio sujeito para entender as deficiências mundanas e instigando-o a procurar por novas soluções (desenvolvendo tecnologias), tendo sempre o passado como fonte de inspiração e guia norteador. O Novo Confucionismo tem sido, inclusive, influenciado pelo Neoconfucionismo no que diz respeito a educação, já que visa igualmente instigar o indivíduo para pensar além do lógico e buscar novas respostas que levem ao desenvolvimento. (https://www.marilia.unesp.br/Home/Eventos/2015/)
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Para muitos estudiosos chineses a educação tem sido a base do sucesso do desenvolvimento econômico chinês. Tendo em vista os avanços nas últimas décadas e sua influência na economia mundial, existe uma crescente busca para entender esse país de história milenar e cultura tão diferente que é a China. A China serve de exemplo demonstrando como uma política educacional bem aplicada, pensada a longo prazo, pode influenciar de maneira positiva no setor de ciências e tecnologias, formando um país apto a buscar seu desenvolvimento econômico.
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Curiosidades
Diga-me, e eu posso escutar.
Ensine-me, e eu posso lembrar.
Envolva-me, e eu poderei fazer.
(Provérbio chinês)
A tradição coletivista de “Confúcio” ensina que a floresta é mais importante que a árvore, as plantas ou os animais que nela vivem, enquanto a tradição filosófica ocidental (derivada de Aristóteles) tende a focar mais a individualidade dos componentes dessa floresta). Confúcio tem mais similaridades com o professor de “Aristóteles”, “Platão”, enfatizando que a realidade era mais a ideia ou conceito da coisa do que esta propriamente dita. Por isso, o conceito abstrato de floresta é mais real e importante do que a tipologia zoológica e biológica das várias formas de vida que ali vivem. A floresta representa a comunidade mantida pela harmonia do seu ecossistema. Cada forma de vida da floresta contribui para a sustentação de outras e vice-versa. O “eu” Tem de se tornar “nós”.
(Chung, Tom. 205) Segundo Confúcio, o ser humano é bom por natureza.
Frases
- Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo.
- Se queres prever o futuro, estuda o passado.
- O homem superior atribui a culpa a si próprio; o homem comum aos outros.
- O silêncio é um amigo que nunca trai.
- Para quê preocuparmo-nos com a morte? A vida tem tantos problemas que temos de resolver primeiro.
- Não são as ervas más que afogam a boa semente, e sim a negligência do lavrador.
TEXTO COMPLEMENTAR: CONFÚCIO, O CRIADOR DO CONFUCIONISMO
- Confúcio foi um importante filósofo da China Antiga. Ele viveu entre os anos de 551 a.C. e 479 a.C. Sua doutrina filosófica, moral e religiosa ficou conhecida como Confucionismo.
- Confúcio, cujo nome chinês era K’ung ch’iu, nasceu em Qufu (nordeste da China) no ano de 551 a.C. Seu pai era um guerreiro e magistrado da cidade. Portanto, Confúcio nasceu numa família aristocrática chinesa, que vivia numa situação econômica muito boa.
- Quando Confúcio tinha apenas 3 anos, seu pai faleceu e a vida da família entrou em decadência econômica. Então, ainda na infância, Confúcio teve que começar a trabalhar para ajudar a manter a família.
- Confúcio estudou numa escola destinada aos chineses mais pobres (plebeus). Porém, se destacou muito nos estudos devido ao seu interesse pelo conhecimento e inteligência. Nesta escola ele aprendeu as Seis Artes, que fazia parte da educação tradicional antiga chinesa. Estas artes eram: Ritos, Música, Arco e flecha, Carruagem, Caligrafia e Matemática.
- Até os 20 anos de idade, Confúcio trabalhou como pastor, agricultor e, principalmente, em cargos públicos.
- Entre os anos de 497 a.C. e 484 a.C., Confúcio viajou por várias regiões da China. Essas viagens deram ao filósofo uma grande visão da realidade social, além da obtenção de muitos conhecimentos populares e tradicionais. Com sua grande sabedoria, atraiu vários discípulos. Foi durante essas viagens que suas ideias se espalharam por vários reinos da China. Ao retornar para sua cidade natal, Confúcio trabalhou com conselheiro de vários funcionários do governo. (https://www.suapesquisa.com/religiaosociais/confucionismo.htm)
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CONCLUSÃO
Procuramos apresentar uma revisão literária com os pontos-chave, dos ensinamentos de Confúcio para os chineses, refletindo a importância para o mundo Chinês atual, deixando um legado importante para todos que acreditam em uma sociedade mais organizada e harmoniosa, com princípios éticos e morais. Os ensinamentos de “Confúcio”, extremamente pragmáticos, enfatizam a responsabilidade pelo bem comum, a obediência e a deferência aos mais velhos.
É um prazer agradecer, de várias maneiras. Sinto-me afortunada por ter podido escrever essas autopoieses estimuladoras ampliando meus conhecimentos, ideias provocativas e novas aprendizagens, acerca desse maravilhoso mundo filosófico, que não se esgota aqui, mas que abre caminhos para novas e complementares pesquisas.
O entusiasmo continua, com a escrita encorajadora. Todo esforço foi feito no sentido de dar um estilo próprio ao texto apresentado nessa coluna, onde continuo sendo uma aprendiz resiliente, disposta a tentar sempre acertar nas minhas interpretações.
A riqueza de informações milenar chinesa passeia pela arte, caligrafia, culinária, dança, música, literatura, artes marciais, medicina, religião, astrologia, arquitetura e comportamento.“Não importa quantos passos você deu para trás, o importante é quantos passos agora você vai dar pra frente.” Provérbio Chinês
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Referências
ANALECTOS/CONFÚCIO; tradução para o inglês, apresentação e notas de Simonleys; Tradução Claudia Berliner. – São Paulo: Martins Fontes, 2000. – (clássicos)
CHUNG, R. Desvendando os segredos da Cultura e Estratégias da Mente Chinesa. Osasco-SP: Novo Século, 2005.
GAARDER, J. O livro das religiões. {s.n.} Editora Companhia de Bolso, 2001.
Por STELLA GASPAR