Diante de minha janela, encarei a lua
Semelhante a uma ninfa, era completamente nua
Reparei nas estrelas, que a invejavam de longe
Espelhavam verdades sombrias do meu coração de conde
Contemplei a noite, estranha como um caracol
Aquele escuro céu azul do sertão, que sempre roubava o meu sol
Me voltei para as estrelas, e agora eu as invejava
Por estar onde eu quase sempre desejava
Com a força do meu punho, a janela se rompeu
E agora o sangue de minhas mãos que se sucedeu
A fria sonata da noite e o forte cheiro de ferro
Me conduziram a um profundo e sincero sono eterno
Por SATURNO RIBEIRO
Jacobina – Bahia, Brasil