Não conheço
o amanhã,
nem mesmo sei das horas:
essa pressa cheia de vazios,
que engole o mundo,
com fome de poder,
mastiga os desvalidos,
morde o sonho,
cospe ódio,
vomita sangue,
mas jamais tritura
os ossos
do meu ofício,
fortalecido
de poesia.
Por RILNETE MELO