Crônicas – Origem e seu surgimento no Brasil

Crônicas – Origem e seu surgimento no Brasil

 A crônica é um gênero textual curto escrito em prosa, geralmente produzido para meios de comunicação. Do latim, a palavra “crônica” (chronica) refere-se a um registro de eventos marcados pelo tempo (cronológico); e do grego (khronos) significa “tempo”.

 Dizem que as crônicas têm uma vida útil, como seu nome sugere, mas para mim esse gênero literário é atemporal. Na minha opinião sempre vai retratar a forma e a visão de uma pessoa em um tempo e espaço, já que a crônica, em sua maioria, terá a visão do autor. Alguns usam do humor, outros da crítica, outros até mesmo da ironia para passar a sua mensagem. Cada um com a sua visão singular dos acontecimentos.

 Desde menina esse sempre foi um dos meus gêneros literários favoritos. Textos curtos e principalmente simples e de fácil entendimento; e sempre achei isso muito importante, pois assim qualquer pessoa independente do seu grau de instrução entenderia a mensagem.

 Esse gênero apareceu pela primeira vez no Brasil com Pero Vaz de Caminha, quando além de descrever as terras tupiniquins para o rei de Portugal, ele também deu a sua opinião, sugestões e explicou com entusiasmo suas impressões da nova terra.

 Com o passar dos séculos e com o jornalismo nascendo no Brasil, surgi novamente as crônicas, tudo isso a partir do século XIX, que utilizava da sua linguagem simples para informar de uma forma mais leve casos do cotidiano ou até mesmo dar mais beleza e humor as notícias mais banais.

 Porém, com o passar dos anos, as crônicas foram ganhando novos rumos e novos significados; tanto que hoje temos:

 Crônica narrativa: conta um episódio cativante cuja trama é leve e digestiva, envolvendo muita ação, poucos personagens e uma conclusão inusitada.

 Crônica narrativo-descritivo: quando um texto alterna momentos narrativos com flagrantes descritivos, temos uma abordagem narrativo-descritiva. Dessa forma, as ações detêm-se para que o leitor visualize, mentalmente, as imagens que a sensibilidade do autor registra com palavras.

 Crônica lírica: quando a nostalgia, a saudade e a emoção predominam, tentando traduzir poeticamente a linguagem dos sentimentos.

 Crônica reflexiva: se a interioridade do autor se projeta sobre a realidade que o cerca, interpretando-a e registrando-a através de conjecturas, inferências e associações de ideias, temos a crônica reflexiva.

 Crônica metalinguística: na crônica metalinguística, o autor volta-se para o ato de escrever, sob a forma de uma reflexão despretensiosa, de uma retrospectiva das primeiras experiências com as letras, de uma análise da palavra.

 Crônica-comentário: cercando-se de impressões críticas com ironia, sarcasmo ou humor, a crônica-comentário resulta num texto cujo ponto forte são as interpretações do autor sobre um determinado assunto, numa visão quase jornalística.

Por LADYLENE APARECIDA

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