A chuva desce, logo que amanhece,
e brinca sobre o campo bem florido
(desconsidera a dor do meu gemido).
A natureza segue… não falece.
A mágoa cresce, o espírito estremece…
Procuro, na existência, algum sentido.
Cadê o amor, aquele colorido?
Quem dera alguém ouvisse a minha prece!
Almejo a florescência do passado
a perfumar a vida, o novo dia.
Há de surgir o sol, neste elevado.
Simulo que alcancei o que queria,
porém o espelho mostra um ser cansado.
Só peço a Deus um pouco de alegria!
Por JANETE SALES DANY
São Paulo/SP