Pobres! Pobres de uma pobreza sem fim, irremediável.
Agarrados a si mesmos,
Entranhados no egoísmo até o talo.
Grandes miseráveis!
Vivendo a paupérie da alma rasa sem estofo denso,
Apenas uma trama de fios delgados, esparsos.
Bocas com discursos vazios.
Vísceras pálidas, sem sustento.
Espírito carcomido zumbizando noite adentro.
Tragédia de todos os tempos.
Mergulhados na própria dor
(Retroalimentando-se de feridas)
Bebendo da água do seu nado,
Afogando os pulmões.
Vivendo a inexistência do amor.
Por AGILKIA NUNES
Brasília – DF, BRASIL