Estimados leitores, a Revista Internacional The Bard, traz na sua 28ª Edição, o tema “História do Natal: como diferentes culturas celebram esta data”. Natal é uma celebração de encantamentos, sentimentos, alegrias e emoções, em uma atmosfera de fraternidades e encontros, com belíssimas decorações características. Essa data representa nascimento e vida de nosso “Senhor Jesus Cristo”, festejada há séculos pela humanidade. Nessa perspectiva, entre sonhos e esperanças, os festejos natalinos nos inspiram, nos fazem desejar inovações em nossas vidas, deleitando-nos em caminhos que nos levam ao amor, para visões de transformações, criando uma grande irmandade.
O mês de novembro chega, sentimos as modificações: ruas iluminadas, as árvores de Natal nas casas, muitos começam a planejar os comes e bebes, com quem vão festejar o nascimento de “Jesus Cristo”, e outros nada organizam, preferem a data comemorativa como um dia normal.
Tudo é tão bonito, surpreendente, mágico e cristalino; ficamos mais amorosos, externando palavras de amor, esperança, paz e fé. E aí, encontramos o sentido do “Natal” um momento único, em que inspiramos e expiramos amor. Famílias, amigos, todos juntos, coexistindo em intensa harmonia, interligadas a um céu em celebrações universais na certeza de que todos merecemos ser felizes, com uma vida produtiva e benéfica.
Na Coluna “Autopoiese & Narrativas” vou falar sobre o sentido do Natal, suas alegrias, despertando nossas memórias, estimulando, com a narrativa apresentada, o importante significado do Natal para o mundo. Como destaque “Natal – A obra de arte do renascer.” Assim, ressaltamos a lindeza, do sentido natalino, no nosso dia a dia, ultrapassando o dar, doar cestas básicas a uma família pobre. Ir além das trocas de presentes, viver muito mais que preparar uma ceia com fartura e comidas típicas da época. A verdadeira comemoração está voltada em assumir o espírito do “Natal de Jesus”, nos tornando eternos aprendizes de seus ensinamentos.
Perdoar, amar, olhar o outro, para a paz, ser sensível com as dores humanas.
Natal é respeito pelas vidas preservando a beleza das diversidades encontradas na natureza, construindo um mundo melhor: como as flores, árvores, animais, sentindo o esplendor do universo. E então, incluímos todos, igualmente em um mundo mais respeitoso e caloroso, comungando com as estrelas, as nuvens, o sol e a lua.
Para mim, Natal é…
Semear o amor, a Paz e o bem.
Então é Natal, olhemos mais para as possibilidades de fazermos coisas boas, com os nossos potenciais. Combater a escuridão, recheando nossas vidas com o bem.
Jesus foi o grande mestre de todos os mestres uma lição de humildade e infinita sabedoria. As lições do amor e pelo perdão ficaram marcadas na humanidade do homem simples de Nazaré.
Com carinho
Stella Gaspar
- Natal – A obra de arte do renascer
“Sonhos renascendo, sorrisos escupidos, olhares desejosos.
Natal é renovação, movimento, energia e poesia”.
(Stella Gaspar)
Imagem de Jill Wellington por Pixabay
Natal – um renascer com uma nova paisagem interior, com essências do amor. Essa celebração tem a pureza de um “ser em renascimentos”, com embelezamentos, suavidades, como doces dias de alegrias, com as mais lindas palavras de amor e perdão. Nessa belíssima ocasião, a vida precisa ser repensada; é preciso excluir o que não floresce, não germina e fazer a nossa autoavaliação.
“Tô relendo minha lida, minha vida, minha luta, meus amores.
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores.”
(“Meu Jardim”, Vander Lee; Deck Discos, 2005.)
É tão importante rever a própria vida, as atitudes, a nossa fotografia interior.
Aproveitar o Natal, e continuar podando os sentimentos negativos, por isso, na canção poética de Vander Lee, podemos perceber no seu cantar palavras que estavam guardadas:
“Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho”.
É nesse momento, que o jardim fica limpo e bonito, nos sonhos do jardineiro.
Natal une mundos e aqueles que professam diferentes crenças, numa comemoração mágica. O renascimento em nossos corações; “o Menino Jesus” o homenageado, liberando fragrâncias com o seu nascimento, reafirmando as afetividades e parcerias familiares.
Com a obra de arte do natal, sendo para mim, um símbolo do belo, é importante olharmos para a frente com otimismo, pois fechamos ciclos, dando início a outros.
1.2 A arte de celebrar o Natal
A arte de celebrar o Natal traz criatividades comestíveis chamada, “obra de arte comestível” refere-se a criações culinárias que transcendem o simples ato de alimentar, transformando-se em verdadeiras peças de arte. Essas obras são elaboradas com um cuidado estético e técnico, que as torna visualmente impressionantes, além de deliciosas. Citamos, então, as cestas de Natal brasileiras, que incluem biscoitos decorados, bolos artísticos e chocolates delicadamente trabalhados, que não apenas agradam ao paladar, mas também aos olhos de adultos, jovens e crianças. São verdadeiras obras de arte que encantam e surpreendem como um original presente.
As obras de arte comestíveis proporcionam uma experiência gastronômica que envolvem todos os sentidos. O aroma, a textura e o sabor, para criar momentos de prazer.
A arte de celebrar o Natal é uma inspiração, uma atividade criativa, é um fazer artístico em um especial momento de inclusão amistosa.
Imagem de FlyerBine por Pixabay
1.3 A ceia, a gastronomia natalina
A mesa preparada para a ceia de Natal é formada por alguns pratos como, por exemplo, o peru. De acordo com a tradição, a ave indica prosperidade e fartura. Além do peru, as pessoas também costumam comer pernil, tender, bacalhau, frango ou chester na noite de Natal. Alguns alimentos têm significados simbólicos, como as avelãs, as nozes, que simbolizam fartura, e as amêndoas, que amenizam os efeitos da bebida. O vinho simboliza o sangue de Cristo, o sagrado e a fertilidade.
A ceia representa a união e confraternização das famílias. Faz os familiares ficarem mais unidos e em clima de celebração, durante esse período.
Imagem de OurWhisky Foundation por Pixabay
O verdadeiro espírito do Natal não se resume a mesas fartas, cestas artísticas, presentes, entre outros. “Natal de verdade”: é uma festa de aniversário, é o aniversário da pessoa mais importante dos últimos dois mil e vinte e quatro anos. Não só para os cristãos, mas para o mundo, porquanto mudou a história do planeta. O calendário é o mesmo, repetimos “Feliz Natal” todos os anos, com sorrisos simbolizando felicidades para um novo ano, enchendo o nosso coração de esperança em tempos melhores. Todas as culturas têm uma forma de celebrar esse momento. Nessa mesma época do ano, em meados de dezembro, os antigos romanos festejavam a Saturnália, festival em que eles ofereciam presentes entre si, mas também trocavam os papéis sociais, uma mistura entre nosso Natal e o Carnaval. “A data do Natal foi fixada em 25 de dezembro pelo imperador Constantino, porque nesse dia, era celebrada a grande festa solar em Roma”, explica Ramón Teja, professor emérito de História Antiga da Universidade de Cantábria (Espanha).
- Natal – uma harmonia de abraços e poesias
Tem muita gente nessa época, esquecendo-se de que a vida é um eterno recomeço, com novas possibilidades de fazer diferente o cotidiano, de continuar sonhando e de corrigir erros, tentando acertos. Por isso, a esperança é o bálsamo para as nossas almas, é o esperar que dorme na gente. Jesus nos apresenta a terapia da autoconfiança que ele tinha, porque se sentia ligado a Deus. Um Deus que nos fez fortes, inteligentes, bonitos e capazes.
Seja o elo de união, deixe a humildade entrar em seu coração, com verdadeiros sentimentos. Em alegrias, amor e paz, o natal torna-se poesias e abraços, livres sem amarras.
Abraçar é algo aprendido desde o início da vida. As crianças aprendem a dar abraços nas pessoas que estão mais próximas de si, como uma forma de criar laços mais fortes para as próximas fases de suas existências.
Abrace, abraço é o gesto que mais transmite afeto, carinho, amor.
O abraço pode ser entendido ainda como uma prática solidária, de atenção ao próximo, de apoio às causas e às pessoas, e por isso, o Natal – uma harmonia de abraços e poesias, – é também um incentivo ao resgate do verdadeiro espírito natalino.
Um abraço de “Feliz Natal” é uma aproximação afetuosa, contagiante e motivadora.
“Tudo que eu preciso é de um abraço. Um abraço daqueles cheios de conforto e, ao mesmo tempo, suave. Um abraço capaz de transportar minha mente, a outra realidade. Onde o mal não me toca, onde os braços cobrem minha fragilidade e me protegem de qualquer pessoa ou situação. Tudo que eu preciso é do seu abraço. Será que é pedir muito?” (Camylla Gonçalves Cantanheide).
“Só nos damos conta do valor de um abraço quando precisamos de um”.
(nandhinho maciel)
Abraço de tudo…
Por Stella Gaspar
Em um ou dois ou três abraços
Cantinhos esquecidos por nós
Se iluminam, acordam e tudo vibra
É inevitável um abraço, não nos deixar
Assim: melhores e mimoseados.
Abraços focados nas trocas de afetos
Corpos em contatos, coladinhos a outro corpo
Nosso tempo, nossa temperatura mudam
Coisas de braços
Coisas de sentir.
Abraços podem ser silenciosos ou barulhentos
Coração com coração
Um presente maravilhoso,
intenso, com pureza de sentimentos.
Abraço, abraçarei sempre
A esperança e a paz;
A motivação e nutrição do amor;
A saudável vida;
Com abraçadas tempestades de felicidades
Naturalmente como um vento leve
Inspirando e acariciando nossas peles.
Imagem de Victoria por Pixabay
- Então é Natal … Antes e depois
3.1 Tradicional canção
“Então é Natal” não pode faltar na playlist de muitas celebrações natalinas, mas há pessoas que não gostam da canção. A composição é de John Lennon e Yoko Ono (1971). A versão brasileira é uma adaptação de Cláudio Rabello para “Happy Xmas” (War Is Over). A letra original foi baseada em um protesto que John Lennon e Yoko Ono fizeram em 1969 alugando outdoors em grandes cidades como Nova York, Toronto, Roma, Paris e Londres, entre outras.
A letra, com sua mensagem de esperança e reflexão sobre a paz, ressoou globalmente. No Brasil, a adaptação para o português manteve a essência da mensagem, mas com um foco, ainda mais acentuado no espírito natalino.
“Então é Natal” não é apenas uma versão da canção original, mas uma recriação que evoca a alegria, a saudade e a celebração do Natal brasileiro. A versão de Simone tornou-se rapidamente um clássico nas playlists natalinas, destacando-se pela fusão de sua interpretação apaixonada com os arranjos musicais que realçam a atmosfera festiva. O uso de instrumentos tradicionais e coros dá à canção uma qualidade atemporal que continua a emocionar ouvintes de todas as idades. Além da magia musical que envolve a canção, “Então é Natal” carrega consigo um profundo significado cultural. A letra, que fala sobre reflexão, amor ao próximo e a esperança de um mundo melhor, ressoa especialmente durante a temporada natalina, servindo como lembrete do verdadeiro espírito dessa época. (Disponível em”https://diariodonoroeste.com.br/a-origem-da-cancao-polemica-entao-e-natal/ Acesso em: 03/09/2024).
“Então é Natal”. Ruas iluminadas, casas decoradas, troca de cartões e presentes nos contagiam. Há um clima diferente no ar que nos envolve. Gestos de ternura e perdão são espontâneos e votos de felicidades voam distâncias e cruzam mares para chegar aos corações. Ficamos expansivos, a vida fica mais bela, cheia de deleites. É preciso viver plenamente o sentimento natalino, e se nutrir de força, resistência e resiliência.
Eterno Natal
“Encontrei lindas e sábias palavras de Buda.
Ele disse: jamais, em todo o mundo,
o ódio acabou com o ódio.
O que acaba com o ódio é o amor”.
Assim, com a nossa essência, podemos ser melhores a cada dia, com práticas solidárias e humanitárias, afetuosas com as pessoas que amamos, sentindo que podemos espalhar olhares amorosos e de repente, deixar quem estiver ao nosso redor, sentir que suas pernas e braços podem tornar-se asas de felicidades.
O Natal é uma festa de inspirações, de harmonização de ambientes decorativos usando os símbolos dessa data tão bonita.
Nossos corações florescem e as esperanças se renovam.
Imagem de Vlad Vasnetsov por Pixabay
Considerações finais
Através dessa narrativa, receba meus votos de que os sorrisos e as esperanças não se afastem de você, querido leitor da “Revista Internacional The Bard” e da “Coluna Autopoiese & Narrativas”. Brindemos a união e o fortalecimento de vínculos.
Muito mais do que os presentes, o que mais importa é a presença. A Presença das amizades e dos familiares, que nos fazem bem, celebrando os encontros e reencontros.
Destaco a beleza de alguns símbolos tradicionais dessa época do ano, como a árvore de Natal. Uma grande mensagem de esperança, energia, prosperidade, renovação e abundância de vida.
Tudo é uma dádiva da existência. A simbologia de uma árvore nos dá vida, capacidade de amar, de sentir a beleza, de encontrar um perfume inexaurível em cada plantio, criando uma aura de amor à sua volta.
Imagem de Svetlana por Pixabay
Outro símbolo muito presente nessa festividade é a “Estrela de Natal”.
Representa Luz interior, indicando caminhos e direções de luzes divinas, sendo guia da humanidade. A estrela que sempre aparece no topo das árvores de Natal, tem sua origem na religião cristã. Ela representa a estrela de Belém; que, de acordo com os cristãos, guiou os três reis magos até o local do nascimento de Jesus.
“Na noite de Natal, cada estrela no céu, é uma benção em minha e na sua vida.
É lindo poder dizer: cada dia, caminharei com essa luz no meu coração, desejando espalhar felicidades e esperanças, com a essência do amor que Jesus nos ensinou”!
(Stella Gaspar)
Namastê!
Amor e Luz
Por STELLA GASPAR