Corre numa alvura gélida, constrito, O suor das belas águas do meu Tejo, Sobre o qual sozinha eu arquejo Para, contudo, não fazer o que
Categoria: Poema
Mesa Posta
Dedilhou até sentir a ferida Como recompensa, escutou versos secos. … Silêncio Foi o que recebeu Consumiu o vinho Que já estava na taça Na
Senhora Saudade
Hoje, olhando no espelho Ví o reflexo da saudade Ela estava em silêncio Ensaiando tortura Se pintava em preto e branco Afinal, a dor extraía
Transmutação
Quando o sol e a lua se encontram, e se me abrem as pálpebras Queria eu ser alquimista e transmutar sentimentos. Dessa dor do dia
A Inexistência Do Amor
Pobres! Pobres de uma pobreza sem fim, irremediável. Agarrados a si mesmos, Entranhados no egoísmo até o talo. Grandes miseráveis! Vivendo a paupérie da alma
Diante Do Papel
O que pensa um poeta Diante do papel? Esculpindo palavras Sua caneta é um cinzel. O branco da folha Ganha muitas cores Poesia é um
Janela Do Ônibus
Da janela do ônibus Eu via, de soslaio, meu passado. Do qual acabei de me despedir, a contragosto. Embarcava para novos rumos Que não sabia
Autoretrato De Poeta
Eu sou um poeta caduco De um tempo imemorial, De há muito perdido, Mas de tão nobre ideal. Perdido no tempo, Liberto do espaço, Passo
A Depressão A Vontade E A Dúvida
Meu corpo cansado Procura o repouso Este mundo cansa E me espanca Tantas lutas E já cansei Queria o repouso E esquecer de tudo Muitos
Trova
Nossa floresta é rica, Dá de uva a cajá, O difícil é saciar, A pança de marajá. O momento precisa ser exato Para um milagre