CONTOS E MINICONTOS – Assim quis o destino por Luciane Aparecida

CONTOS E MINICONTOS – Assim quis o destino por Luciane Aparecida

 Como tudo começou, ela não sabe dizer, apenas lembra que as conversas começaram a fluir cada vez mais, e um belo dia ela percebeu quanto o amava, mas esse amor era proibido ele era o melhor amigo de seu namorado e ela a melhor amiga de sua namorada, mas quis assim o destino que tudo acontecesse.

 Helena era uma moça de estatura baixa, magra com seus cabelos curtos, a simpatia em pessoa, conheceu seu namorado Paulo na praça da cidade, apresentado pela sua melhor amiga Sandra em uma noite fria da pequena cidade de Juperaçaba. Os encontros com os amigos eram sempre na praça, com direito a pipoca e mate doce, a turma era grande e animada, passavam horas contando piadas e olhando os carros passarem.

 Naquela noite a turma estava um pouco reduzida, mas com a animação de sempre. Helena e Sandra eram amigas a anos, juntas sempre as encontrava. Nesse encontro, Sandra pensava em arrumar alguém para sua amiga, pois, conhecia Paulo e ele era um moço bom e certo para Helena, mas ambas jamais imaginavam o que o destino reservava para elas.

 Paulo chegou, cumprimentou Sandra e também a todos. Helena nem de longe imaginou os planos da amiga e assim as horas passaram e a conversa fluindo, na hora de ir embora, ele se ofereceu para levá-las, Sandra havia dito para ele que Helena amava chocolates com a intenção dele comprar e dividir entre elas, mas belo engano, ele levou ela primeiro para casa e depois pediu para Helena acompanhá-lo em mais uma volta na praça, ela toda simpática não recusou, logo em um bar ele parou e disse que logo iria voltar, que surpresa, ele voltou com um monte de chocolates, Helena não entendeu, mas não recusou e assim foram para casa.

 Nada aconteceu, pois, Helena não percebia em Paulo o homem que lhe atraísse, muito pelo contrário, ele era diferente de tudo o que ela imaginava para ser seu par. Ele era magro, sem graça e nada atraente, ela tinha em seus sonhos um príncipe encantado, daqueles de contos de fada, por isso, agradeceu a companhia e os chocolates, despediu-se com um beijo no rosto e o encontro acabou.

 No outro dia, Sandra prontamente no colégio perguntou:

 — Como foi amiga, você ficaram? Como é o beijo dele? Vocês estão namorando?

 — Você está louca amiga? Respondeu Helena.

 — Claro que não, eu sei que ele é o cara certo para você, até fiz um favor apresentando ele a ti, vai dizer que ele não é um gato? E que você adorou o encontro!

 — Não sei o que você bebeu hoje amiga, mas eu não fiquei com ele, e, aliás, não entendi porque ele quis me encher de chocolate.

 — Amiga, não acredito que ele comprou chocolate para você depois que me deixou? Falei que você ama chocolate para que ele comprasse e me desse um pouquinho, e ele vai e compra tudo para você.

 Helena caiu na gargalhada, sua amiga jogou pensando que iria ganhar chocolates, e acabou sem nada. Às duas acabaram caindo na gargalhada e a conversa fluiu por um bom tempo antes de começar as aulas, no final serviu como lição para Sandra, mas elas eram amigas e isso era tudo diversão. Ao sair Helena percebeu um moço ao lado do carro a sua espera, era Paulo, todo perfumado, pediu se podia levá-la para casa, ela não recusou, adorava ser paparicada.

 Ao entrar ele logo um chocolate a ofereceu, Heleno riu e contou o porquê de sua gargalhada, Paulo sem graça, sorriu também, foram para casa e no caminho os assuntos começaram a combinar. ela percebeu que ele era interessante e valia a pena tentar, assim o primeiro beijo fluiu e juntos por um bom tempo ficaram, mas ela tinha que ir para casa, sua mãe era muito brava e não admitia atrasos, assim o momento mágico logo acabou.

 Chegando à casa Helena com um discurso combinado e horários, teve que pedir desculpas a sua mãe e disse que não iria mais acontecer, mas que um amigo havia pedido umas explicações de matemática e ela não recusou a ajudá-lo por isso, da demora. Logo foi se deitar e não conseguia pegar no sono, pensando no beijo de novela que acabara de dar, mas o cansaço venceu e ela adormeceu.

Por LUCIANE APARECIDA

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