A vida nos embala com um dia de vento, marcante pelo sacudir da vegetação, ou pela impulsão que dá as pipas, balançando os barcos ao agitar o mar. Provoca arrepios em nossa pele, como um amante a moda antiga, que apaga vela, mas acende fogueiras. Força e leveza, rajadas ou sopros sutis, assim ele se torna indispensável a qualquer estação. Imprevisível muda de direção, assusta os desavisados, enquanto os atentos, içam velas, para serem impulsionados. Gosto do vento e vê-lo predominar, mostrando as criaturas que o criador está lá.
Por SÔNIA MARIA PESSATTI