Meu corpo sente sua presença antes mesmo do meu consciente perceber que chegou.
Algo aqui dentro começa a aquecer, não sei bem como descrever.
Após alguns segundo, sinto o teu cheiro, não é um perfume industrializado, nem a loção pós barda, é o bálsamo que exala de ti, algo similar ao cheiro do mar, misturado com a essência de alfa dominante.
Meu corpo todo se arrepia, pernas trêmulas, boca seca. Meus instintos te reconhecem, já sabem o que vai me provocar, sou presa fácil para ti.
O calor que emana do teu corpo começa a me envolver, misturado ao que vem do meu interior, me sinto pegando fogo.
Minhas bochechas estão rosadas, um misto de timidez e desejo me entrega.
Você tem um poder sobre o meu corpo e sentidos, sou marionete em suas mãos.
Amor, ódio, desejo, paixão, luxúria…
Tuas mãos tocam meu ombro nu, um choque percorre todo o meu corpo inteiro.
Lentamente sobe para o pescoço, já estou ofegante, coração acelerado.
A outra mão percorre minha cintura, indo em direção ao ventre.
Quando toca o íntimo do meu corpo e sente o delicioso néctar molhar teus dedos, deixa escapar uma risada gostosa.
Satisfeito em saber que é a minha perdição, que meu corpo responde as suas provocações.
Sua risada acaba comigo, quero me contorcer, cruzar as pernas, mas sua mão grande não deixa.
Está lá parada, me fazendo sofrer, um minuto vira eternidade.
Tento me mover ao encontro dela, então ouço sua voz grossa bem próxima ao meu ouvida: “Fique quieta e receberá o que lhe foi prometido”.
Aproveita pra morder o lóbulo da minha orelha, outro choque percorre meu corpo.
Não sei quanto tempo mais aguento ficar assim, parada, de costas pra você, apenas observando meu corpo responder aos seus estímulos.
Quero que me jogue na cama e faça amor comigo, mas tudo em sua vida tem uma espera, um porque, um teste.
Tudo é recompensa, é mérito, o que torna o prazer ainda maior.
A espera, a raiva, os estímulos, as provocações… Não passam de um jogo, o jogo do prazer, levando meu corpo ao limite extremo, para depois me derreter em orgasmos.
Eu queria que acabasse logo com o meu sofrimento.
Já estou excitada o suficiente, basta me penetrar uma única vez que atinjo o clímax.
Mas, não tão fácil e simples assim, você está sempre me ensinando, quer que e seja menos ansiosa, que tenha calma e saiba esperar.
Odeio quando acha que é meu professor, que preciso de lições a todo instante.
Me pergunto por que ainda estou aqui.
Aí me lembro dos orgasmos fora do comum, da sedução, do desejo e da sede que tenho de ti.
Com uma mão firme e ao mesmo tempo suave acaricia minhas costas.
Me faz descer a cabeça até chegar no colchão, costas arqueadas, bumbum inclinado, estou de salto 15.
Com uma de suas pernas afasta as minhas, se distancia e fica a me observar, como se fosse uma pintura ou um animal exótico.
Minha boca seca almeja um gole teu, joelhos bambos, o que vem agora?
Nunca sei, com você é sempre uma surpresa.
Nesta posição consigo olhar para trás e ter um pequeno deslumbre, está de terno, bem cortado, os ombros largos que eu adoro me apoiar enquanto cavalgo estão ainda mais definidos, o brilho dos sapatos sempre impecável.
Uma mão no bolso para disfarçar a ereção, sei que está latejando também, outra no queixo, deve estar calculando os próximos passos, jogador nato que é, não fará nada sem antes analisar todas as possibilidades.
Aproxima-se novamente, sinto uma mão macia acariciar a parte de traz do meu joelho, passando pelas coxas, apertando-as suavemente.
Antes que eu perceba os movimentos sinto um tapa forte no bumbum, o barulho ecoa no quarto, o susto me fez gritar.
Repete os movimentos em ambos os lados algumas vezes. Acaricia e depois bate.
Sutilmente chega ao centro do meu corpo, sente minha rosa latejando, com menos força bate nela também, sabe que eu amo isso, os meus gritos se transformam em gemidos quanto enfia um dedo em mim.
Movimento gostoso de vai e vem, enquanto o polegar massageia o pequeno botão cor de rosa.
Percebo sua respiração ofegante, também está excitado, a fêmea em mim sorrir internamente, gosto de provocar em ti o mesmo que provoca em mim…
Desejo, Paixão e Luxúria…
Por CARLA GARCIA