Penso em chaves e vejo minhas memórias, nos desertos ou nos paraísos, realidades que transcendem com minhas vidas em ciclos, vestidas de tempos e rostos que se abrem para as calmas ou tormentos.
Quantos sentimentos, quantos momentos, inspirações e intuições.
As chaves que abrem me convidam, para revitalizar energias e a chaves que fecham servem para isolar os roteiros tristes que os palcos do viver, me fizeram atriz.
Quero a chave do inédito, da beleza natural, das vozes de positividades, que ecoam dentro de mim.
O que procuro, posso achar, utilizando a chave correta que meus olhos avistam, que as ostras abertas, afortunando minhas esperanças, presentearam-me com pérolas cheias de simplicidades.
Tudo que abrimos com a chave da razão e da emoção, pode ser sublime e belo. Como colocar um colar de sonhos, perto do meu coração.
Abrir as portas dos nossos melhores pensamentos, fechar as portas para os nossos imaturos impulsos e tormentos. Plantar belezas interiores vestidas de verdades, dia a dia, me deixam respirando o máximo possível.
Ah, como é gratificante, poder ter a chave da memória dos deuses, que reinam na humanidade, onde os chamados dos infinitos, nos vestem de bem-estar. Como uma boca desejosa por beijos, nas madrugadas sem o teu descanso junto ao meu!
A chave que tenho em mãos, abre um quarto de cortinas brancas, onde o amor um dia habitou, deixando um espelho em que me vejo por inteiro, preenchendo com a minha imaginação meus silêncios.
Durmo em lençóis cor-de-rosa, sinto o macio da paixão de tuas mãos me tocando a pele. Abro a minha vida, nesse instante como águas de ilusões e com chaves de esperanças te oferto uma retina tranquila.
Por STELLA GASPAR