CRÔNICAS – A chave que abre e a chave que fecha por Stella Gaspar

CRÔNICAS – A chave que abre e a chave que fecha por Stella Gaspar

Penso em chaves e vejo minhas memórias, nos desertos ou nos paraísos, realidades que transcendem com minhas vidas em ciclos, vestidas de tempos e rostos que se abrem para as calmas ou tormentos.

Quantos sentimentos, quantos momentos, inspirações e intuições.

As chaves que abrem me convidam, para revitalizar energias e a chaves que fecham servem para isolar os roteiros tristes que os palcos do viver, me fizeram atriz.

Quero a chave do inédito, da beleza natural, das vozes de positividades, que ecoam dentro de mim.

O que procuro, posso achar, utilizando a chave correta que meus olhos avistam, que as ostras abertas, afortunando minhas esperanças, presentearam-me com pérolas cheias de simplicidades.

Tudo que abrimos com a chave da razão e da emoção, pode ser sublime e belo. Como colocar um colar de sonhos, perto do meu coração.

Abrir as portas dos nossos melhores pensamentos, fechar as portas para os nossos imaturos impulsos e tormentos. Plantar belezas interiores vestidas de verdades, dia a dia, me deixam respirando o máximo possível.

Ah, como é gratificante, poder ter a chave da memória dos deuses, que reinam na humanidade, onde os chamados dos infinitos, nos vestem de bem-estar. Como uma boca desejosa por beijos, nas madrugadas sem o teu descanso junto ao meu!

A chave que tenho em mãos, abre um quarto de cortinas brancas, onde o amor um dia habitou, deixando um espelho em que me vejo por inteiro, preenchendo com a minha imaginação meus silêncios.

Durmo em lençóis cor-de-rosa, sinto o macio da paixão de tuas mãos me tocando a pele. Abro a minha vida, nesse instante como águas de ilusões e com chaves de esperanças te oferto uma retina tranquila.

Por STELLA GASPAR

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