Escuto as portas dos quartos fechando, queria escutar outro som como o de uma música ou o das ondas do mar. Mas essa dor não me deixa em paz, vive a me atormentar e quando olho para os lados, estou entre as paredes com quadros, que me fazem recordar os cenários maravilhosos, das lindas viagens que fiz.
É angustiante também, solitariamente escrever sobre o amor, mas com a força de um elefante corro para o meu ambiente poético e com inspirações, começo a escrever.
De repente tive uma ideia; vou para a varanda conversar com a noite, iluminada pelas estrelas e a dor da solidão vai sumindo, deixando-me com sorrisos que as minhas emoções despertadas vão me alegrando.
Todos dormem, vou então fazer um lanche, torradas com geleia de morangos… Gosto tanto, mesmo que estes sejam pequenos e sem muito caldo.
A solidão é comum à noite, mas sabendo usá-la ela pode ser relaxante, deixando em nós as doces saudades, das carícias de um tempo.
Por STELLA GASPAR