Uma arquibancada de madeira, coberta por árvores com folhas recortadas como as das parreiras e troncos com manchas como se fossem pintadas. Em frente e ao lado de uma grande estação, estação de trem. Em frente era um barracão alto, com um imenso relógio que marcava 16h00.
O vento trazia uma poeirinha com cheiro de água.
Sentados na arquibancada, fizemos um lanche, enquanto conversávamos questões que importam e assuntos em comum. Estávamos tranquilos e aproveitamos para degustar um chá, quando de repente apareceu um homem velho, de estatura alto com cabelos bem brancos penteado para trás. O homem disse que era proibido tomar chá naquela praça e anunciou no alto falante da estação.
Pegamos nossos objetos e as embalagens do lanche para descartar. Eu saí para ir embora ouvindo o alto falante da estação, então quis me apressar quando do nada caiu uma chuva forte, puxei o capuz do casaco marsala comprido até o joelho. Perdida nos pingos d’água que caiam em tempestade ouvia a voz do meu amor me chamando, mas não conseguia enxergar de onde vinha. Corri olhando para o alto as árvores e para frente a estação e ele estava lá me esperando pra me esconder da chuva. Nos abraçamos e ficamos com o rosto colado.
Para nós foi um encontro por acaso, mas algo me diz que não foi só um sonho.
Por CAROL OLIVEIRA